Prémios Nobel da Paz presentes na homenagem ao povo timorense

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Ao lado dos Prémios Nobel da Paz, Ximenes Belo e José Ramos-Horta, ontem marcaram presença no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, outros dois heróis da independência de Timor-Leste, mas estes quase sob anonimato.

Ambos estiveram há 25 anos no Cemitério de Santa Cruz e foram feridos pelas balas das tropas indonésias. Gregório Saldanha e Zito Soares sobreviveram, mas Gregório acabou condenado pela Indonésia a prisão perpétua. Acabou por sair em liberdade nove anos depois, quando a antiga colónia portuguesa obteve a independência.

Para além destes e de outros timorenses, a sessão organizada pela Universidade de Coimbra, para assinalar os 20 anos da atribuição dos dois Prémios Nobel da Paz, contou ainda com a presença do ministro Adjunto, Eduardo Cabrita.

Entretanto, foi apresentado o documentário “Timor: imagens e palavras que mudaram o mundo”.

Esteve também presente Max Stahl, o fotógrafo que filmou o massacre de Santa Cruz e o autor do documentário “A Língua, a Luta, a Nação”, numa estreia inédita. Há um quarto de século, o jornalista britânico foi crucial para a viragem na consciência mundial sobre a situação de Timor, com as imagens do massacre Santa Cruz a chegarem a todo o mundo.

Agora, de acordo com a reportagem apresentada na sessão de ontem, fica registado um país à procura da sua própria identidade, onde a preservação do português como língua oficial, se torna uma árdua tarefa – embora seja ensinada oficialmente nas escolas – perante a vasta disseminação do tétum, como idioma local. Além disso, a existência da vizinha gigante Indonésia, com todo o seu poder de comunicação social transfronteriça, grande parte dos jovens falam, também, indonésio.

Toda a informação na edição impressa de hoje, 14 de dezembro, do DIÁRIO AS BEIRAS

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