Às primeiras horas do dia 7.12.2016 ficou a saber-se que Guilherme Figueiredo foi eleito Bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses.
Foi, indiscutivelmente, uma excelente notícia para a advocacia mas, sobretudo, para a Justiça Portuguesa.
Os mandatos de Marinho Pinto continuados com o da agora derrotada Elina Fraga conduziram a advocacia portuguesa ao nível de prestígio mais baixo de que há memória. Norteados por um populismo desmedido, sem respeito pelos princípios e valores fundadores da profissão, não só desbarataram o prestígio de que os Advogados e a sua Ordem eram legítimos portadores, como tudo fizeram para descredibilizar a Justiça e as Magistraturas.
Para o que contaram, desde a primeira hora, com o apoio de José Sócrates e dos seus Ministros da Justiça que viram neles os aliados necessários para conseguir a fragilização do poder judicial e dos seus profissionais e a quem retribuíram em circunstâncias diversas.
Tendo contado, de igual modo, com a indireta, mas inestimável, colaboração da anterior Ministra Paula Teixeira da Cruz, cuja política errática na generalidade das matérias e contrária aos direitos das populações, ao desarticular o Mapa Judiciário, serviu de pretexto à consolidação do populismo daqueles.
O mandato que agora começa constitui, por isso, uma tarefa hercúlea para Guilherme Figueiredo. Não vai ser fácil inverter o caminho, mas o sinal foi dado. Abriu-se uma porta de esperança para a regeneração da Advocacia com o reforço do seu papel na administração da justiça. Oxalá Guilherme Figueiredo, com a imprescindível cooperação dos Conselhos Regionais, tenha sucesso no cargo em que foi investido. A bem da Advocacia . A bem da Justiça e da Cidadania.