Opinião – Onde se fala de “puros”

Spread the love

 

António Menano

António Menano

Hoje vou falar de José Ferreira Monte poeta e novelista, nascido em Coimbra em 1922 e falecido na Figueira em 1985. De seu nome de baptismo José Ferreira Moreira da Câmara. Publicou o seu primeiro livro “Noite rebelde “aos 18 anos, tendo merecido de João Gaspar Simões elogios. Escreveu em jornais e revistas, como O Figueirense, Gazeta de Coimbra, Diário de Lisboa, onde publicou crónicas e contos, trabalhou na redação da Revista Vértice.
Colaborou como poeta nas “Marchas, danças e canções”,1946, musicadas por Fernando Lopes Graça. Coordenou a colecção “Sob o signo do galo”, onde publicaram, entre outros, Afonso Duarte, Gomes Ferreira, Carlos de Oliveira, Armindo Monteiro. Foi encarregado, em Castelo Branco e Ovar, da biblioteca Itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1953 sai “Tempo de silêncio”( Col. Galo), e em 1970 “Poesia amordaçada”, proibida pelo regime.
Anteriormente colaborara na “Homenagem poética de Coimbra a Teixeira e Pascoaes” ( 1951 ).Tive o prazer de conviver com ele, na Figueira, em sua casa da Rua da Lomba. Hoje, dias depois da morte de Fidel de Castro, o comandante, recordo. Entre livros, ofereceu-me uma caixa de “puros” que Fidel dera a José Fernandes Fafe, que não fumava. Deu-a Ferreira Monte, que já também não fumava. Como era, à época, fumador, acendi-os a pensar na frase “Hasta la vitória”.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.