Opinião: Conselho Geral da UC – Dedicação e responsabilidade

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João Gouveia Monteiro

João Gouveia Monteiro

Realizam-se já na terça-feira, dia 6, as eleições para o Conselho Geral [CG] da Universidade de Coimbra [UC], com vista ao mandato 2016-2020.

A elas concorrem quatro listas em representação dos professores e investigadores. Integro novamente, com muita honra, a lista E, que em 2008 e 2012 mereceu a confiança da maioria dos eleitores.

O Conselho Geral é o órgão colegial mais importante da UC. Não se trata de uma estrutura de natureza executiva, mas sim do órgão a quem compete definir o desenvolvimento estratégico e a orientação e supervisão da instituição.

Elege o Reitor (fá-lo-á em 2019 ), propõe as iniciativas que considera necessárias ao bom funcionamento da universidade, aprova os planos estratégicos de médio prazo e o plano de ação quadrienal, define as linhas gerais de orientação no plano do ensino, da investigação, do desenvolvimento e da inovação, assim como nos domínios da gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais e fixa o valor das propinas, entre outros.

A lista E tem consciência da relevância deste órgão e acumulou, ao longo dos últimos oito anos, uma larga experiência de trabalho no seu seio. Empenhámo-nos na escolha dos 10 elementos externos que integram o CG (que conta com um total de 35 membros), interviemos construtivamente em todas as reuniões ordinárias (quatro por ano) e extraordinárias, e contribuímos de forma decisiva para a atividade das comissões permanentes, tendo presidido a várias delas e sido responsáveis pela produção de uma parte significativa dos respetivos relatórios.

Nunca nos organizámos em função da expetativa da eleição de um determinado reitor e sempre tivemos consciência de que a universidade não forma apenas técnicos e profissionais, mas sobretudo cidadãos de corpo inteiro.

Somos um grupo grande, fraterno e plural, que procura pensar pela sua própria cabeça, com espírito universitário e sem qualquer tipo de condicionamento ideológico ou político. Acreditamos que a grande força das universidades, uma das mais antigas instituições europeias, resulta desta sua liberdade de pensamento e de ação e do seu não comprometimento com interesses partidários, financeiros ou outros.

Estamos sempre dispostos para o trabalho com todos os membros do CG e não encaramos este órgão como um parlamento, mas sim como um espaço coletivo de reflexão crítica e de análise estratégica, o que pressupõe trabalho continuado e nenhuma ânsia de protagonismo ou discurso fácil. Apostamos numa mais estreita ligação do CG à comunidade académica e defendemos uma melhor circulação da informação e a realização de iniciativas abertas e participadas, como sucedeu já em 2016.

Este ano, a campanha eleitoral foi dominada por dois temas: a investigação e o regime fundacional. A investigação científica é crucial e constitui a marca de água da nossa profissão, pelo que apoiaremos todas as medidas para a valorizar. Sobre a eventual migração da UC para o regime fundacional, aceitamos o desafio para discutir o tema lançado pela atual equipa reitoral e participaremos nesse debate alargado de mente aberta.

Na hora de decidir, optaremos pela solução que melhor acautele a permanência e o desenvolvimento da UC como instituição pública, ao serviço de missões públicas e tendo apenas o interesse público como objetivo e razão de existir.

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