A Câmara de Coimbra admite que a greve e o feriado podem afetar a recolha de lixos urbanos no fim de semana. No entanto, garante que, na noite de fim de ano, está “assegurada a limpeza da Baixa”, nomeadamente, no Largo da Portagem, nas praças do Comércio e 8 de Maio e no Terreiro da Erva.
O anúncio da greve, que começou às 00H00 de hoje, sexta-feira, e termina à meia-noite de segunda-feira, levou ontem o presidente da câmara a reconhecer que “vai trazer problemas que, supostamente, não deveriam ocorrer”.
A propósito, Manuel Machado sublinhou que respeita “o direito à greve”, mas garantiu que não tem qualquer informação dos serviços financeiros de que haja pagamentos em atraso, de salários ou horas trabalhadas. “Essa é uma questão antiga, estando a decorrer processos judiciais”, acrescentou.
Em causa está a informação, divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Administração Local (STAL), de que a câmara continua sem pagar três horas e meia semanais, “feitas a mais” durante seis anos (desde 2007 a 2012).
Supremo deu razão
à câmara contra sindicato
O que o STAL não disse é que esta reivindicação foi já objeto de uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo, que deu razão à autarquia. Ou seja, o horário definido, em 2007, por despacho do então presidente da câmara, Carlos Encarnação, nada tinha de ilegal.
Para além disso, segundo apurou o DIÁRIO AS BEIRAS, este ponto nem sequer fez parte dos fundamentos para a greve, apresentados pelo STAL no respetivo pré-aviso.