Dois espetáculos, uma conversa e uma exposição de fotografia fazem a “ementa variada” com a qual o Trigo Limpo teatro Acert, de Tondela, está a (re)visitar velhos parceiros de jornada em Coimbra. O encontro está a decorrer até esta sexta-feira, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).

Depois de, na quarta-feira, ter apresentado o espetáculo “20 Dizer” – a palavra com som, cor, corpo e alma, num duo feito por José Rui Martins e Luísa Vieira, “com muita gente dentro” –, o Trigo Limpo propõe esta sexta-feira, às 21H30, a peça de teatro “E Agora?”, com a qual “escalpeliza” a atualidade através das palavras de Gonçalo M. Tavares, tentando perceber o que se está a passar neste nosso mundo.

Este é um espetáculo com encenação de Pompeu José que, no final da apresentação se juntará aos atores, agentes e parceiros da Acert, mas também ao público de Coimbra, para uma conversa sobre os 40 anos do Trigo Limpo. A conversa realiza-se no Café Teatro TAGV, com entrada livre, enquanto o espetáculo tem ingressos entre cinco e sete euros.

 Por seu turno, “A Viagem do Elefante” – um notabilíssimo trabalho dos artistas de Tondela sobre a obra de Saramago – está a mostrar-se em fotografia de Ricardo Chaves, na sala branca do TAGV, até 19 de novembro.

Do início da construção da produção “A Viagem do Elefante” até aquela que foi a última apresentação de 2013, Ricardo Chaves oferece a retrospetiva das várias paragens do “elefante”, com alguns momentos únicos das “pegadas” deixadas por Salomão, de Figueira de Castelo Rodrigo a Madrid. A não perder, também numa retrospetiva necessária dos 40 anos da companhia que tem marcado a cena cultural portuguesa em geral e a descentralização em particular ao longo de todas estas décadas.

Nesta estadia, como afirmam, é intenção celebrar um percurso de quatro décadas, que teve, em Coimbra, “múltiplos momentos memoráveis”.