Norberto Canha vai à Guiné retomar a cura da elefantíase

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FOTO DB/LUÍS CARREGÃ

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Porque decidiu ir à Guiné?

Por várias razões. Afetiva, sentimental, profissional, gratidão e empatia. Afetiva ou sentimental porque os cidadãos da Guiné são pessoas muito, muito afetivas. E as histórias que guardo são muitas. Posso contar uma por exemplo: três indivíduos, um mestiço, um preto e um branco foram consultar o professor Carlos Miguéis e a todos perguntou no fim da consulta o que pensavam de mim, responderam: ”nos dávamos a vida por ele”. E diz-me o Carlos Miguéis, por mim ninguém deixava arrancar uma unha. Têm sentido de gratidão.

Quanto ao sentido profissional. De que se trata?

Apareceram-me doentes com uma doença que não tinha cura no mundo, chamada filariose linfática que dá a elefantíase e cujo sistema de cura foi criado por mim. Por outro lado, as deformidades são extensíveis a outra doença que é o micetoma ou pé de Madura. Vieram para cá dois doentes de São Tomé, irmãos, com esta última doença. Foram operados mas não seguiram o método por nós utilizado na Guiné. Os doentes ficaram melhorados, mas não curados, uma vez que recidivou a doença. Por outro lado tenho uma certa empatia com as pessoas da Guiné. Quando lá estive como militar em 1961/63, um cabo miliciano, disse-me para que quando saísse o avisasse para mandarem levantar as minas. Quando voltei à Guiné, este jovem era ministro do Trabalho, convidou-me a almoçar em sua casa e perguntei-lhe se aquela história era verdadeira e ele confirmou que sim.

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