O Serviço Nacional de Saúde (SNS) necessita de mais 30 mil enfermeiros, mas o país continua, todos os anos, a perder muitos dos jovens profissionais que forma a níveis de excelência e que têm contribuído para enriquecer serviços de saúde um pouco pelo mundo, com destaque para países como o Reino Unido. Tanto é assim que, dos jovens enfermeiros que, no sábado, deviam ter recebido pessoalmente as suas cédulas profissionais, numa cerimónia que decorreu em Coimbra, alguns já se encontram a trabalhar no estrangeiro.
“Que não tenham medo”
Para estes, mas sobretudo para os que escolhem ficar no país, Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, deixa um conselho: “que não tenham medo”. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, a bastonária foi perentória: “Muitas vezes, os mais jovens, que são os mais frágeis, estão a entrar na vida profissional confrontados com um clima de ameaça, de coação, porque os serviços estão muito desfalcados de enfermeiros. É muito importante que estes jovens enfermeiros se sintam apoiados e acompanhados, porque disso depende a segurança das pessoas de quem eles cuidam”.
Assumindo o SNS como o “pilar de qualquer democracia”, a Ordem dos Enfermeiros “gostava que estes jovens percebessem a responsabilidade que vão assumir nos serviços onde vão trabalhar”, nas palavras daquela responsável.
Mas, ainda de acordo com Ana Rita Cavaco, o país não pode continuar a “dispensar” os 13 mil enfermeiros portugueses a trabalhar no estrangeiro, quando o SNS tem 30 mil destes profissionais em falta, de acordo com dados da OCDE.
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