O MIT Portugal, parceria entre o Massachusetts Institute of Technology e universidades portuguesas – onde Coimbra tem um papel de destaque – vai propor a sua continuidade após 2017, com o alargamento a outras áreas e setores, como a indústria, e o reforço do financiamento, anunciou hoje o seu diretor.
“Os planos para os próximos anos passam, numa primeira fase, por propor ao Governo, à FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia] e ao CRUP (Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas), a continuidade do programa, que termina em 2017”, avançou Pedro Arezes.
O diretor nacional do MIT Portugal falava a propósito dos 10 anos do programa e defendeu ser “este o caminho mais coerente e necessário a um programa que acumulou um saber-fazer a que é importante dar continuidade”.
Quanto ao financiamento pretendido, “neste momento, deveremos ter alguma ambição adicional e esperar que haja um reforço do orçamento relativamente à segunda fase do programa”.
Nos primeiros cinco anos, o MIT Portugal teve um financiamento de 65 milhões de euros, valor que, na segunda fase, “passou para menos de um terço, para 20 milhões”, o que levou à alteração de alguns dos planos previstos.
Pedro Arezes fez um balanço “claramente positivo” da década, lembrando que o resultado do investimento em ciência e investigação “não se vê no imediato”.
Mais de três mil alunos candidataram-se aos programas doutorais e de mestrado e cerca de mil registaram-se nas universidades parceiras, sob alçada do MIT Portugal.
Foram cerca de 85 as “startups” criadas à volta do programa. O MIT Portugal é uma parceria entre cinco universidades portuguesas — Universidade de LCoimbra, Universidade Nova de Lisboa, Universidade de Lisboa, Universidade do Porto e Universidade do Minho –, empresas e o Massachusetts Institute of Technology (MIT).