À medida que o tempo passa, mais me convenço que existe na sociedade política portuguesa, um sentimento feroz contra a afirmação da região de Coimbra como centro de desenvolvimento.
Já não bastava a opinião de uma fundação apoiada em dados que a seu tempo se revelarão incorretos, ainda existem alguns cidadãos com responsabilidades na nossa região geográfica a afinar pelo mesmo diapasão.
O que mais me espanta, ou talvez não, é a falta de resposta dos políticos, a havê-los, tanto quanto baste, para afastar de forma decisiva quem deseja e augura uma forma diferente de gestão do nosso espaço.
Existe o absurdo da ligação ferroviária entre a Guarda, Viseu e Aveiro, o fecho da linha entre a Pampilhosa e a Figueira da Foz, a supressão do Metro Mondego entre Coimbra e a Lousã com futura ligação ao interior da região centro e litoral, como tantas outras decisões, a serem preparadas em gabinetes sem a necessária expressão da vontade dos cidadãos e do tecido económico.
Fala-se de uma obra faraónica, mais uma, na zona centro que não na região de Coimbra, de âmbito ferroviário, a qual poderia colocar em causa o que já existe, para a ligação empresarial entre si e os poderes públicos.
Na verdade, o trabalho em rede é determinante para o êxito das regiões, saber quem perde o quê e a favor de quem, juntos, para melhorar a prestação da nossa economia.
Existem hoje na nossa região autarquias financeiramente muito sólidas que poderão interagir, mesmo com as que estão com mais dificuldades, no pressuposto, velho mas não envelhecido, que, “se os nossos vizinhos não estiverem bem, nós também não poderemos estar”!
Sem solidariedade não existe evolução possível; a inveja corrói; a boa gestão das pessoas – agora apelidadas de recursos humanos – determina uma boa gestão financeira; o diálogo institucional impõe normas de funcionamento onde todos se revejam; o investimento certo, no momento certo e no sítio certo, é um imperativo para quem quer e deseja afirmar-se no contexto nacional; participar sem arrogância, mas com espírito de construção de pontes, de trabalho para o enriquecimento da nossa região são pressupostos que nos deverão animar a todos.
Por isso, cada um deverá estar vocacionado para algo complementar de outro algo, para que o algo individual se traduza por fim, em algo coletivo!
Alfarelos e Granja do Ulmeiro afirmam-se como o primeiro “algo”, determinante de todos os outros. Com a convicção de que não há um fim à vista. Mais, um fim contempla outro, e mais outro. Para não ter fim.
É que, a distribuição, uma das determinantes do marketing, dará um impulso decisivo à nossa região, cujo objetivo final é assegurar a obtenção do maior benefício possível para todos os que têm necessidade de intervir no desenvolvimento económico de uma região ou país.
Mas não basta. É preciso que todos se preparem para a reivindicação de novas vias de comunicação, que facilitem a vida às pessoas e às empresas, e que sejam um factor de reabilitação geográfica e aumento da capacidade económica das nossas empresas, nas mais variada áreas de negócio.
Hoje por uns…amanhã por outros!
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