Opinião: Economia Urbana

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Diplomacia económica é uma expressão que entrou no léxico nacional no início da década de 90, quando aparece referido especificamente no programa do XII Governo e que surge em Portugal na sequência de tardia adoção de modelos já em desenvolvimento noutros países.

O seu objetivo era sobretudo o de criar condições para a internacionalização de empresas nacionais.

Surge na Figueira no programa eleitoral da candidatura “Figueira com rumo” de 2009, por corruptela do seu carater internacionalista, nas medidas de desenvolvimento e emprego propostas para “apoiar e articular a atividade dinamizadora dos diferentes agentes de desenvolvimento”.

Depois de sete anos de tais promessas, não se conhecem resultados visíveis no que respeita à criação de empresas e consequente geração de emprego.

Ao que se sabe, a Figueira possui uma alta taxa de desemprego, sobretudo quando comparada com os outros concelhos do distrito. Visível é apenas a implantação de novas superfícies comerciais, eventualmente suportadas por estudos de mercado promovidos pelos seus promotores.

Sabendo-se que o terciário, sobretudo o comércio, só pode subsistir a jusante do secundário (leia-se indústria), questiona-se se a decisão da implantação das atividades económicas no território foi devidamente fundamentada em análises de economia urbana, em particular da economia da aglomeração, no sentido de que esta e a demografia devem interagir e (afinal) a Figueira vai perdendo população.

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