Um templo para todas as religiões em Miranda do Corvo

Posted by
Spread the love
Fotografia de Carlos Jorge Monteiro

Fotografia de Carlos Jorge Monteiro

 

É no teu coração que descobres o caminho para a sabedoria e a compaixão”. “A paz é a nossa motivação, o amor a nossa revelação”. Estes são os dois lemas escritos nas paredes de entrada do Templo Ecuménico e Universalista de Miranda do Corvo, cuja primeira fase foi ontem inaugurada. Aos pensamentos – escritos em português e inglês na parede – juntaram-se dezenas de mãos de crianças marcadas no cimento fresco, bem como de jovens e de todos os adultos que ainda se sentem crianças. O desafio foi lançado por Jaime Ramos, presidente da Fundação ADFP promotora do templo, que deu o exemplo , logo aceite por um sem número de convidados onde não faltou o presidente da autarquia, Miguel Baptista, e os deputados Pedro Coimbra, Fátima Ramos e Maurício Marques, entre muitos ouros representantes das diversas entidades.
Subida a escadaria, formada por lances ímpares de degraus e ladeada de 15 bancos – sete à direita e oito à esquerda – tantos quantos as religiões ali representadas – encontra-se, a meio, a palavra “paz”, escrita nas mais diversas línguas.
Porquê? Porque é isso que procura quem se “atreve” a fazer o difícil caminho até ao templo.
E porque nenhum pormenor foi deixado ao acaso, a ladear as escadas estão dois percursos destinados a pessoas com mobilidade reduzida ou mesmo em cadeira de rodas.
De cor ocre – que remete para os tempos mais remotos da história da humanidade – o templo, em forma de pirâmide, tem também inscritas nas suas paredes três palavras que definem o espírito com que foi construído: Bondade, Moral e Verdade.

Homenagem às vítimas
do 11 de setembro
Lá dentro, o espaço de reflexão é circular, ladeado por um corredor onde estão inscritos os grandes momentos vividos pela humanidade de antes e da era cristã e onde estão colocados quadros interativos para cada uma das religiões.
Tudo começa em 42000 (AEC – Antes da Era Comum), com o mais antigo enterro com ocre, e termina (para já) com o atentado terrorista nos EUA, a 11 de setembro, em 2001 (EC – Era Comum). Daí, também a data escolhida para a inauguração como “um memorial ao atentado às torres gémeas em Nova Iorque, enquanto “uma homenagem a todas as vítimas desta barbárie gerada por fundamentalismos intolerantes, ao longo dos séculos”.
E porque os símbolos são muitos e diversos, a cerimónia começou com a explicação de todos eles ao pormenor para que não fiquem dúvidas às centenas de pessoas que subiram à serra para ver com os seus próprios olhos um sonho de Jaime Ramos tornado realidade.

 

Informação completa na edição impressa

One Comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.