O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse hoje que está preocupado com o facto de o país não estar a crescer como devia e acha que estão a ser desperdiçadas oportunidades.
“Preocupa-me que o país não esteja a crescer o que devia. Porque foram feitas reformas muito importantes ao longo dos últimos anos para aumentar a nossa capacidade de gerar rendimento e de oferecer maiores possibilidades de emprego sustentado pelo crescimento da economia a todos aqueles que pagaram um preço elevado pela crise que vivemos”, afirmou Passos Coelho, numa visita a Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.
O líder social-democrata sublinhou ainda que aquilo que mais o preocupa não é o dia-a-dia, mas a visão de médio e de longo prazo para o país.
“O país não está a crescer aquilo que precisa nem o que foi projetado pelo próprio Governo. O atual primeiro-ministro dizia que tinha uma abordagem para a política económica radicalmente diferente do Governo anterior, e que isso colocaria o país a crescer de uma forma mais acentuada, com mais justiça social, mais emprego sustentado na economia e não é isso que se está a ver”, sustentou.
Sublinhou ainda as declarações da líder do Conselho de Finanças Públicas (CFP) e a perspetiva muito limitada que apresentou para o país.
“Se tudo continuar como está até aqui e se este tipo de abordagem política se mantiver, as perspetivas deste órgão independente são as de que andaremos sempre a lutar todos os anos para ter menos um bocadinho de três por cento de défice, muito dependentes do que se passar no exterior e o país não crescerá mais de 1,5%, quando muito”, sustentou.
Passos Coelho disse também que a sua crítica é a de quem liderou um Governo, numa altura em que o país tinha chegado ao limite das suas possibilidades, mas realçou que Portugal já estava a crescer a um ritmo maior do que aquele que se verifica atualmente.
“Estávamos a crescer a um ritmo maior do que hoje, a recuperar uma confiança e credibilidade no exterior, o investimento estava a aparecer e tudo isso, está a perder gás, a andar para trás. Acho isso muito mau porque podíamos estar muito melhor do que estamos e acho que estamos a desperdiçar oportunidades”, concluiu.