A remoção da cortiça queimada na Mata do Sobral, na Lousã, destruída por um incêndio em 1990, é uma responsabilidade da Junta de Freguesia de Serpins, disse hoje o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.
“A exploração de cortiça cabe à entidade cogestora, neste caso a Junta de Freguesia de Serpins, que gere o baldio, com delegação de competências da assembleia de compartes”, afirma o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), numa nota enviada pelo gabinete do ministro Capoulas Santos.
Ao fim de duas décadas e meia, a cortiça queimada nesse fogo nunca foi extraída e o presidente da autarquia, João Pereira, estimou há uma semana que essa operação possa custar 1,5 milhões de euros ao Estado.
O autarca do PS responsabilizou na altura o ICNF pelo estado em que se encontra a área de sobreiros do baldio na sequência do fogo de 1990.
Relativamente à situação dos sobreiros, “importa clarificar que se trata de uma área integrada no regime florestal e cogerida entre o ICNF e o órgão de administração do baldio em regime de associação”, realça o Ministério da Agricultura numa resposta escrita a várias questões formuladas pela agência Lusa.