A dívida das associações distritais de Atletismo e de Judo e do CLUVE – Clube de Veteranos de Atletismo à Académica, enquanto gestora do Estádio Cidade de Coimbra, vai continuar por pagar. Ontem, o executivo camarário voltou a não votar uma proposta que atribuía um subsídio àquelas entidades para resolver o assunto. Tudo porque a oposição fez vingar um conjunto de dúvidas sobre o teor da proposta.
Na génese deste imbróglio está o protocolo que entrega à AAC/OAF a gestão do estádio. É que este documento, assinado em 2004 e já objeto de mais do que uma renovação, não inclui os espaços cedidos às duas associações distritais e ao CLUVE, no equipamento desportivo do Calhabé.
Ora, ao longo dos anos, os gastos em electricidade, gás natural e água das três entidades, em particular de atletas do atletismo e do judo, foram sendo pagos pela Académica… e várias vezes reclamados pela direção de José Eduardo Simões.
Em 2011, a Câmara assumiu uma primeira atitude de mea culpa. E, sob proposta da Divisão de Desporto, liquidou os gastos desse ano e de cinco meses do ano anterior (2010). Fê-lo através de transferência direta de uma verba para a Académica.
A partir daí, a Câmara não voltou a pagar. Mas o atletismo e o judo continuaram a utilizar o estádio – embora, a certa altura, tenham visto as portas fechadas, por ordem de Simões.
Com a mudança de cor partidária, na autarquia, o novo vereador do Desporto, Carlos Cidade, fez uma primeira tentativa para resolver o assunto. Foi em janeiro de 2015, com uma proposta de novo subscrita pela Divisão de Desporto, curiosamente pelo mesmo responsável deste serviço.
Na altura, impelida pela argúcia política e experiência técnica do vereador do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC), toda a oposição explorou as insuficiências e contradições jurídicas da proposta que, por isso, foi retirada.
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