O incêndio que lavrou durante vários dias da semana passada em Anadia, e que acabou por ultrapassar as fronteiras do concelho, foi uma “situação extrema a todos os níveis”. Quem o diz é Ana Matias, comandante dos Bombeiros Voluntários de Anadia, que revela ter havido sete operacionais feridos, um dos quais em estado considerado grave, mas que não corre risco de vida.
Refira-se que o incêndio chegou a colocar 13 povoações em risco, em simultâneo. “Vivemos uma situação extrema devido às condições meteorológicas adversas”, esclarece Ana Matias, lembrando a rápida propagação do fogo. Dada a existência de ocorrências em simultâneo no país, especialmente nas zonas Norte e Centro, de acordo com a comandante dos Voluntários de Anadia, “não foi fácil ter o apoio de todos os corpos de bombeiros”, pois todo o dispositivo distrital estava empenhado nas várias ocorrências.
Devido à sobreposição de ocorrências relacionadas com incêndios, populares afetados pelas chamas queixam-se da ausência de bombeiros nas suas localidades. É o caso da população de Vale de Avim, que pertence à freguesia da Moita, em que populares manifestam a revolta contra os bombeiros durante o último incêndio.
Ao DIÁRIO AS BEIRAS, José Duarte, proprietário de uma casa localizada em Vale de Avim, conta que só os populares estiveram a combater o fogo próximo das habitações existentes na rua da Destilaria, naquela localidade. “Não apareceu cá ninguém depois de arder há 30 horas”, reforça José Duarte.
Toda a informação na edição impressa de hoje, 19 de agosto, do DIÁRIO AS BEIRAS