O “Prego de Ouro” colocado recentemente no Geo-Monumento do Cabo Mondego é o reconhecimento internacional da importância daquele Monumento Natural. É inteiramente devido uma palavra de apreço à comunidade científica – nomeadamente à Prof. Helena Henriques, da Universidade de Coimbra – que há vários anos tentam fazer ouvir a sua voz na justa defesa de tão inestimável património.
Todo o trabalho que ao longo de décadas foi sendo realizado pela Comunidade Científica e as referências em toda a documentação da especialidade levaram, que em 2001, a câmara municipal tenha iniciado o processo para classificar o “Geo-Monumento do Cabo Mondego” como Monumento Natural, o que, infelizmente, só terminou em 2007.
Logo nesse ano, a câmara e, a então, região turismo do centro, iniciaram um projeto para integrar aquele monumento natural na rede de geoparques da Unesco, o que, infelizmente, até hoje não aconteceu. Soubemos agora, na cerimonia da colocação do “Prego de Ouro”, que o presidente da câmara tem como grande objetivo obter a classificação de geoparque. Então o que é que andaram a fazer durante estes sete anos de mandato? Porque não seguiram com as diligências iniciadas em 2007 ?
Há três anos que a Cimpor encerrou a atividade e continuamos sem nenhum projeto concreto de requalificação, mantendo-se uma imensa “ferida aberta” sobre a paisagem da Serra da Boa Viagem. Divulgaram-se agora, umas ideias vagas, que um dia, se poderão candidatar a fundos europeus. E onde está a responsabilidade da empresa que durante dezenas de anos explorou o couto mineiro ?
Por cá, todos os projetos são “p’ra amanhã”.
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