Opinião – Sempre e nunca, aqui!

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Luís Santarino

Luís Santarino

Os países como as pessoas devem-se dar ao respeito.
Todos percebemos que, ao longo de muitos anos, alguns líderes europeus trataram Portugal como um país de segunda linha. E só o fizeram, porque os nossos líderes eram fracos, muito fraquinhos!
A política é uma arte. Naturalmente, não é político quem quer, mas quem pode. A democracia está pelas “ruas da amargura”… porque quem quer, não pode, e quem não deveria poder, pode mesmo!
Vem isto a propósito das declarações de um ministro alemão, das finanças penso eu, que, de forma eficiente e eficaz fez declarações obscenas acerca do nosso país.
Não me admira os profissionais da má língua, aqueles que se estão a marimbar para o todo nacional e só olham para o seu umbigo. Admira-me os que sujeitaram o nosso povo a enormes provações e privações. Esses, deveria fazer um mea culpa e perceber que vamos ter de, deveremos, resistir aos ataques vis e ferozes de quem nos quer mal.
Em política vale tudo? Não, não vale. E por isso, estamos numa situação complicada, não por disparates nossos, mas por gente inconsciente que nos “quer levar de rojo” para o abismo.
O tal ministro alemão deveria ter alguma vergonha. Só que aos poderosos tudo é permitido. É o princípio do bêbado rico a quem tudo é perdoado, e ao bêbado pobre para quem tudo é uma vergonha.
Há tempo para tudo. Mesmo na luta política, há alturas em que a unidade dos cidadãos é muito importante. Mais importante do que a unidade dos partidos políticos, os quais representam uma percentagem mínima de cidadãos.
Mas a verdade, é que não existe democracia sem partidos políticos. Mesmo aqueles que se intitulam independentes dos partidos políticos, mais tarde ou mais cedo, vão enfermar dos mesmos vícios.
Por isso, não vale a pena insistir em palavreado demagógico, manipular opinião, ou dar gás a mentirosos compulsivos.
Vivemos um período complicado. Não existem verdades absolutas. A economia não é uma ciência exacta. Toda ela é expectável. Por isso, quem acha que tem a verdade no bolso está a mentir com quantos dentes tem na boca…se ainda tiver dentes e não próteses!
Para quem nasceu e conheceu Portugal como o último império colonial do mundo, os dias de hoje continuam a ser de esperança. Olhar o futuro sem esquecer ou atraiçoar o passado é um dever de todos, novos e velhos – assim é que se diz, como no meu tempo, sem vergonha – para reconstruir um país que vai necessitar de todos.
Podem “nascer” dias difíceis, críticos até, mas sempre fomos capazes de transformar as fraquezas em forças e continuar o caminho.
O alemão, como outro qualquer não nos atemoriza nem diminui. Temos uma história de que nos orgulhamos apesar de alguns disparates. Mas todos, de todas as raças e de todos os credos, nos respeitam pela capacidade que sempre demonstrámos de encontrar uma solução, quando outros construíam problemas.
Por isso, eu gosto de “ser daqui”, lutar “por aqui”, viver aqui.
Sempre e nunca, AQUI!

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