O Ministério Público defendeu nesta quinta-feira, 14 de julho, a condenação de dois ex-administradores da Metro Mondego, acusados de peculato e suspeitos de utilizarem cartões de crédito para pagar despesas em hotéis, restaurantes ou supermercados.
Durante as alegações finais, que decorreram no Tribunal de Coimbra, o Ministério Público (MP) sublinhou que houve uma “utilização abusiva dos cartões de crédito” atribuídos pela empresa por parte de um antigo presidente do conselho de administração e um ex-vogal da sociedade, entre 2004 e 2007.
Os cartões deveriam ser destinados apenas a despesas inerentes ao “exercício das funções”, sublinhou a procuradora do MP.
Ao todo, o Ministério Público contabilizou quase 100 mil euros de utilização indevida de dinheiro na sociedade, que existe há cerca de duas décadas para criar o Metro Mondego, que nunca foi concretizado.
Apesar de os valores já terem sido restituídos, a imagem do Estado “fica prejudicada” pela utilização “de um bem móvel, distinta do fim que lhe estava atribuído”.
Segundo vários órgãos de comunicação social, as despesas do ex-presidente cingiam-se sobretudo a combustíveis e restauração. Já o ex-vogal é suspeito de utilizar o cartão de crédito da empresa para jogos de computador, contas de supermercado, artigos de decoração ou no bar de ‘striptease’ Elefante Branco, em Lisboa.
A defesa do ex-vogal referiu que “temos é de estar gratos a estes homens que deram todo o seu esforço e mais algum para que as populações não ficassem sem meio de transporte”, disse, considerando que o seu cliente não provocou qualquer dano à sociedade Metro Mondego. A leitura de sentença ficou marcada para 7 de setembro, às 14H30.
Toda a informação na edição impressa de sexta-feira, 15 de julho do DIÁRIO AS BEIRAS
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