Marieva tem 30 anos e vem do Chipre. É a mais velha e mais graduada do curso. O seu grupo inclui uma outra cipriota e dois turcos e ainda um sueco. A política não é para ali chamada. Já a ciência robótica apaixona os cinco jovens ao ponto de trocarem as férias por um estágio de verão, em Coimbra.
O estágio de Marieva e dos seus amigos está a decorrer no polo II da universidade. O evento chama-se RobotCraft 2016 e funciona como uma academia de verão. Ao todo, estão inscritos mais de 60 alunos de 18 países, entre os quais os Camarões, a Geórgia, a Índia, o Irão, a Jordânia, o Líbano, a Palestina e o Vietname.
Micael Couceiro é a figura polarizadora da iniciativa. Investigador de pós-doutoramento na área da robótica e CEO da empresa Ingeniarius, quis conferir “uma visão mais empresarial, e estratégica, em vez de meramente pedagógica” aos cursos de verão que já orientava, desde 2010.
Em 2015, Micael aproveitou o entusiasmo de um jovem turco, Muhammed Rasid Yavuz, que cumpria, em Coimbra, o seu segundo Erasmus Intership. Juntos, aventuraram-se à criação de uma escola de verão, em Coimbra, com forte pendor internacional e parcerias locais.
Micael definiu o plano de formação, tendo em conta as necessidades da Ingeniarius – empresa muito focada em I&D, com aplicação nas áreas dos equipamentos de robótica e do desporto. “Da experiência que já tinha, com a realização de estágios de verão, percebi que a qualidade da grande maioria dos alunos que recebia, oriundo de escolas superiores portuguesas, é um pouco questionável”, refere o investigador e empresário.
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