Dos pontapés no recreio do Instituto Educativo de Souselas ao remate certeiro no Stade de France, passaram 11 anos. Éder, o menino do lar “O Girassol”, tem hoje o país a seus pés.
Nasceu na Guiné-Bissau, mas veio para Coimbra aos três anos. Dificuldades financeiras obrigaram a família a deixá-lo aos cuidados do lar “O Girassol”, em Alcarraques. E foi nos arredores de Coimbra que tudo começou.
O DIÁRIO AS BEIRAS foi ao encontro de um dos responsáveis pelo percurso do herói de Paris.
“Veio para o Adémia com 11 aninhos. Ainda era infantil, mas só tínhamos iniciados e acabou por jogar quatro anos nesse escalão”, recorda Aires Leitão.
O antigo presidente do Adémia era coordenador técnico do clube quando viu Éder pela primeira vez. “O Vítor Mateus, que era o treinador dos iniciados, falou-me de um miúdo, seu aluno de matemática no Instituto Educativo de Souselas. Pediu-me para o observar e a minha resposta foi pronta: Este é para inscrever já”, recorda.
Mas, como Éder tinha apenas a nacionalidade guineense, “o presidente estava reticente, porque os valores da inscrição para estrangeiros eram altos, mas consegui convencê-lo”, conta.
“Atacar o próximo milénio” era o lema da formação do Adémia naquela altura, recorda Aires Leitão. E Ederzito António Macedo Lopes (sim, Éder é diminutivo), é hoje a prova de que a aposta foi um sucesso.
Notícia completa na edição de 12 de julho de 2016