Os momentos de fé, por mais públicos que sejam, deixam sempre uma marca indelével de recato e pudor. Para quem os vive e para quem os presencia. Todos sabem que é a fé que move as mulheres que, de joelhos, percorrem a longa distância que separa Santa Clara-a-Nova de Santa Cruz, em sofrimento visível depois do sacrifício supremo da Ladeira de Santa Isabel. É a fé que as move e as mesmas penas e esperanças antigas: a doença de um ente querido ou a boa sorte que se quer para quem mais se ama. E, dizem, não há entre os santos quem mais e melhor interceda que a Princesa Isabel de Aragão, beatificada há 500 anos Rainha Santa de Portugal.
Por essa razão, continuam a ser momentos supremos de fé e de emoção as procissões que, de dois em dois anos, conduzem a padroeira de Coimbra da sua igreja no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova à Igreja de Santa Cruz. Exatamente o que voltou a acontecer ontem, na procissão penitencial, a primeira de três a acontecerem até domingo.
Ontem, ainda o sol escaldava quando um mar de gente se preparava para descer do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova pela íngreme Ladeira de Santa Isabel.
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