Foto Pedro Agostinho Cruz
O que é que a ACIFF pode fazer pela economia azul, além de colocar o tema na agenda?
Já fizemos a incubadora de empresas, em parceria com o município da Figueira da Foz. Um dos seus objetivos é a economia do mar.
Que diagnóstico faz do comércio tradicional?
O comércio tradicional da Figueira da Foz foi, ao longo dos últimos anos, fortemente penalizado. Por um lado, pelas grandes superfícies, mas também pela expansão imobiliária, que atirou as pessoas para fora do perímetro urbano, associada ao custo do estacionamento no centro. Por outro lado, o aparecimento das vias rápidas. A criação de polos de atração é o grande desafio.
Acredita que a regeneração urbana vai ser suficiente para dinamizar a Baixa da cidade? Na rua da República não sortiu os efeitos pretendidos.
A época em que a rua da República foi requalificada coincidiu com o início do aparecimento das grandes superfícies. Este programa é mais abrangente e tem associados benefícios fiscais para a recuperação de imóveis. Portanto, a tentativa é voltar a levar vida para o centro da Figueira da Foz.
O alargamento da Zona Industrial e a construção de outra no Pincho podem dar um novo impulso à indústria?
Neste momento, a Figueira da Foz tem dois parques industriais ativos: Gala e Ferreira-a-Nova. O de Ferreira-a-Nova está ocupado e o da Figueira tem um grau de ocupação muito próximo dos 100 por cento. Se quisermos continuar a crescer, porque a Figueira tem de trazer gente de fora para cá, vamos ter de ter [mais] espaços disponíveis.
Que pode oferecer a Figueira da Foz como produto turístico diferenciador?
Penso que o trabalho está a ser feito. Têm aparecido, recentemente, vários projetos dinamizadores. A hotelaria tem, hoje, uma capacidade significativa. Também temos restauração, com o aparecimento de novos projetos. Há espaço para crescer, mas, fundamentalmente, acho que há espaço para as pessoas melhorarem a qualidade do serviço.
Além do aumento do calado do porto comercial, defende um cais na margem esquerda?
Do ponto de vista prático e racional, faria todo o sentido, porque é na margem esquerda onde está a zona industrial.
Esta entrevista pode ser ouvida na Foz do Mondego Rádio (99.1 FM) e vista na Figueira TV
