Volvidos quase dois meses do início de funções do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa prossegue o seu périplo, com uma alegria que contagia os mais pessimistas sobre o Estado da Nação.
Aguardava-se para ver a sua performance, na relação com o Governo, com o Parlamento, com o orçamento, com o pacto de estabilidade e, até, com as comemorações do 25 de Abril. Dúvidas não haja: provas superadas.
A sua chegada à Presidência da República fez dissipar uma onda de cinzentismo que deprimia o país. Uns dirão que é apenas estilo, estado de graça, etc.; outros que os verdadeiros dilemas ainda estão para vir; mas temos que ser justos e reconhecer: há, de facto, uma nova forma de estar, de comunicar e de representar o país.
Levitamos depois de andarmos soterrados em pessimismo e em profecias daqueles que não acreditavam em vias alternativas, noutras formas de fazer.
Uma coisa é certa: sabemos todos que não se acercam bons ventos, mas enquanto o Presidente sorri, o país está mais desanuviado e acredita-se que tudo se pode ir superando.
Há um estado anímico favorável, a confiança retoma-se, acredita-se que as dificuldades se ultrapassam e a esperança e a autoestima do país melhoram. Não sei se é o Presidentes dos “afectos”, o que sei é que nos “afecta” positivamente.
E como dizia Vinicius de Morais na sua canção, “(…) é melhor ser alegre que ser triste (…)”.