Ficámos a saber esta semana que o presidente da câmara se vai recandidatar ao terceiro mandato. Nada de novo. Com este anúncio e posterior apoio público do presidente do PS local, deu-se o tiro de partida na campanha eleitoral.
Como nas próximas eleições não serei candidato a nenhum órgão autárquico, e com o afastamento de quem não se envolverá na compita eleitoral, gostava de convocar os leitores a uma avaliação.
Isto é, será que os figueirenses lhe devem confiar um novo mandato? Será que naquilo que realmente importa, a Figueira está melhor? Será que se fez o necessário para impedir a emigração ou migração dos nossos jovens? Que medidas houve para que deixássemos de ter a maior taxa de desemprego do distrito? Que captação de investimento se conseguiu? Qual a obra (da sua autoria) estruturante que deixa? São estas e outras perguntas que todos devemos fazer.
Todos sabemos que o tempo das grandes obras e promessas acabou. O mundo mudou e as prioridades hoje são de outro tipo. Mas também me parece evidente que não nos podemos conformar, nem desculpar com os problemas da europa e do país.
Há muito a fazer por cá. Jamais poderemos receber bem quem nos visita quando não cuidamos da “casa”.
E não há turismo que resista à ausência de outras atividades económicas. Temos que recuperar e consolidar a “marca Figueira” e, a partir daí, atrair o investimento necessário, criando emprego e contribuindo para fixar os jovens no concelho.
Já que o presidente e o PS iniciaram a campanha eleitoral, espero que os partidos e os figueirenses em geral iniciem também o debate que vale a pena.
Tudo o resto é croché de espuma, como diria Aguiar de Carvalho.