Revista aborda a violência sexual com relatos e poemas de estudantes de Coimbra

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REVISTA Desafiar

A ‘fanzine’ “Des(a)fiar“, que é lançada hoje em Coimbra, aborda a violência sexual pela mão de cerca de 15 mulheres, a maioria estudantes, com desenhos, poemas, textos de reflexão e relatos na primeira pessoa.

O projeto, promovido pelo núcleo de Coimbra da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e por duas repúblicas femininas da cidade, reúne ao longo das 40 páginas da ‘fanzine’ textos de reflexão sobre ação e mudança, desenhos, poemas e relatos na primeira pessoa em torno da violência sexual, nas suas mais diversas formas.

Abuso na infância, difamação, assédio, violação ou violência nas relações de intimidade são alguns dos assuntos abordados nesta revista com cerca de 300 exemplares, que é lançada hoje às 18:00 na Casa da Esquina, em Coimbra, disse à agência Lusa uma das responsáveis do projeto, Micaela Silva.

A iniciativa, inserida na Semana Cultural da Universidade de Coimbra, começou a partir de encontros denominados de “Conversas de Cordel”, onde estudantes universitárias foram convidadas a darem os seus testemunhos de situações de violência sexual.

Nessas conversas, abordou-se o contexto específico da violência na universidade, em que o ambiente pode potenciar “este tipo de situações”, explanou Micaela Silva.

Depois de quatro sessões de encontros, transformou-se a reflexão que aí existiu em torno da temática numa ‘fanzine’.

Na publicação, surgem desenhos sobre “questões de consentimento”, bem como “montagens de palavras” relacionadas com a violência sexual, que surgiram na primeira sessão de conversas, como “medo, estigma, vergonha, desrespeito e tabu”, contou a responsável.

Para além dos relatos de episódios de violência, há também textos que apontam caminhos de “ação e mudança”, ajudando a refletir sobre “aquilo que se pode fazer para combater a violência sexual”.

O projeto foi desenvolvido pela UMAR Coimbra, República das Marias do Loureiro e República Rosa Luxemburgo.

Segundo Micaela Silva, há vontade de replicar a iniciativa e alargá-la.

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