Para Vygotsky, psicólogo russo, “o meio influencia o homem e o homem influencia, forma e transforma o meio”.
Isto é, todos somos influenciados pelo meio que encontramos, formamos o nosso caráter e construímos atitudes em função das nossas características genéticas e, sobretudo, do que os nossos sentidos captam do que nos rodeia: o meio físico e os comportamentos.
O homem “eminentemente social” interage com o seu semelhante na busca de si próprio, começa por copiar modos de ser e de estar de uma forma acrítica e assim se vai formando como ser humano. Penetra-nos pelos sentidos todo o tipo de informação, alguma apenas isso mesmo, outra (a maior parte) carregada de sensacionalismo ao serviço de interesses instalados.
Convive-se com naturalidade com o conhecimento de que abundam os políticos corruptos; o desejo incontrolado da riqueza e do exercício do poder; a violência e a guerra; o drama dos refugiados; o radicalismo.
O meio assim encontrado, o convívio sistemático com tais comportamentos, são rastilho para a formação de personalidades desconformes com as matrizes sociais que se desejariam para a humanidade.
Há que esconder a realidade? Não. Há que corrigi-la! Que papel poderiam desempenhar os partidos?
Pelo exemplo, colocando-se verdadeiramente ao serviço do Homem! Como lhes compete.