Opinião – Não se sinta livre… seja mesmo livre!

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Luís Santarino

Luís Santarino

Não fiquei surpreendido com o discurso do Senhor Presidente da República. Também por ser um homem extraordinariamente inteligente.

Gostei sobretudo da saudação final; “Bem-hajam Senhores Capitães de Abril”! Passou de “delfim” de Marcelo Caetano e do Estado Novo a Parlamentar na Assembleia Constituinte. Foi líder do PSD, comentador em televisão em estações distintas. É eleito Presidente da República, sem espinhas. Todos se vergam ao seu estado de espírito.

Este homem é a demonstração inequívoca que todos, todos os portugueses, se reveem na nossa história. Podem passar muitos anos, mas a nossa dimensão universal estará sempre presente.

A liberdade “ganha com Abril não é explicável… é explorável”!

Quando alguém, seja que por que motivo for, tenta coartar-me a minha liberdade de pensamento, reajo da pior maneira.

A construção de algo nunca se consegue com ódio ou a partir de ódios. Também nunca tive a ideia de ter sempre razão.

A política é como os divórcios; a culpa nunca é só de uma parte!

Por isso, a construção de um projecto diferente, passa sempre por perceber a questão do outro. Como se conseguem ultrapassar as dificuldades, quem serão os intervenientes, qual a sua postura anterior, como se constrói e afirma o futuro.

Nada se consegue construir se a base não for sólida.

É muito difícil unir, quando há sérios candidatos a “escangalhar”! Pior, quando quem lidera é o “ponta de lança”.

O dia da liberdade não se pode comemorar se não existir interiormente esse sentimento. Se piamente, não acreditarmos que o nosso semelhante deve ser tão livre como nós próprios.

Todos sabemos como é difícil, como é um caminho tortuoso, como teremos de enfrentar inimigos cobardes mas determinados, mas nunca poderemos duvidar que vamos conseguir.

A liberdade de pensamento é o valor supremo. Tudo gira à sua volta. Todas as nossas acções serão determinadas por se ser ou não, um total e absolutamente livre pensador.

Eu sei que a política partidária transforma e transtorna. Principalmente os que, por efeito da sua própria ignorância e incompetência, tentam fazer dos outros, seus seguidores, impondo-lhes regras de comportamento que nem ovelhas desejariam aceitar. Tudo por causa de pequenos favores, incumpridas promessas ou determinantes de consciência.

Podem acreditar que eu sou muito feliz por ser livre. E a minha felicidade só não é maior, porque sinto que muitos cidadãos o não são.

Todos sabemos que a liberdade nos sai cara. Muito cara mesmo. Quando em favor da nossa liberdade e dos que nos rodeiam, não aceitamos imposições.

Cada um deverá ser colocado perante opiniões e o seu contraditório porque assim o exige a democracia.

Acredito na justiça e não nos justicialistas. Nestes, que desejam contrariar o que foi investigado, sem que existam provas e a demonstração de culpa.

A justiça regula o nosso tempo…e quem faz o tempo somos nós!

Não se sinta livre…seja mesmo livre!

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