Opinião – Uma região Centro forte será determinante no país

Posted by
Spread the love
Luís Santarino

Luís Santarino

Hoje foi dia de ficar feliz logo pela manhã.

Finalmente, os presidentes de câmara da região de Coimbra uniram-se na defesa de alguma coisa útil para a região centro do país. A linha de caminho-de-ferro da Beira Alta. Já não era sem tempo. Ainda não está tudo bem, porque não li nenhuma referência à linha da Pampilhosa, talvez pelo facto de ninguém querer irritar os empresários das “rodas de borracha”! Mas isso são contas de outro rosário!

Ter razão antes do tempo não adianta nada, até porque, há sempre alguém que se diverte, por incompetência e analfabetismo, a denegrir as opiniões devidamente sustentadas.

Já se sabia que a Figueira da Foz poderia ter um porto de segunda categoria. Por isso, alguém se lembrou há uns meses a esta parte, de dizer que era importante uma linha férrea entre a Guarda e Aveiro.

Faltará agora a Coimbra convencer Aveiro que deverão promover a unidade territorial, já que me parece que será o passo que falta – Leiria será noutro momento – para ajudar a concertar posições para a grande região Centro. Só que para isso será preciso um líder, incontestado não sei, mas um líder, que já agora seja da política e não um “manga-de-alpaca” promovido a autarca ou para-autarca por conveniência de momento.

Na verdade procuro mas não encontro alguém que seja capaz de fazer a síntese do pensamento do Centro. Nem nos líderes políticos, nem na denominada sociedade civil. Estamos assim metidos numa “camisa de onze varas”! Sabemos o que queremos, mas não conseguimos encontrar quem, no local de todas as decisões, seja determinante na nossa defesa coletiva.
Talvez um dia surja esse tal líder e então, acredito que seja possível.

Uma região Centro forte será determinante para o desenvolvimento global do País. Além disso, cria barreiras virtuais, mas barreiras, a quem queira invadir um espaço que lhe não diz respeito.

Perdeu-se muito tempo, décadas até, deixando-nos “colonizar” por regiões cuja realidade política estava construída. Para o bem e para o mal, este “abanar de cotovelos” ajuda a região a afastar a ideia de que somos gentes sem músculo, sem dinamismo, sem criatividade, sem objetividade e, sobretudo, sem valores e princípios solidários.
Para quem como eu, sempre defendeu a grande região centro, esta é uma fase importante da nossa vida colectiva.

Num País tão pequeno, ainda hoje falar de litoral e interior, será sinónimo da pequenez política de quem ao longo dos anos nos governou.
Como a esperança é a última coisa a morrer…
Noutro sentido, mas não menos importante, aborrecem-me as críticas que têm sido feitas aos “autarcas das cheias”.

Um dia, lá em casa, rebentou-se uma treta qualquer da máquina de lavar roupa e, vai daí, a água escorreu do sótão para o andar de baixo, “atirou-se furiosamente” para a varanda e, vai daí de novo, para o terraço da vizinha.
Oi, gritou ela lá de baixo furibunda: “isto é coisa que se faça”? Atirar com a água cá para baixo”?
Porquê, retorqui, “quer que a beba”!?…e tornámo-nos amigos!

One Comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.