Presidente da Académica “gostaria de ver mais jovens chegar à equipa sénior”

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Foto de Luís Carregã

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José Eduardo Simões, presidente da Académica é um dirigente orgulhoso do que a sua formação atingiu este ano, em termos competitivos. Se é verdade que “os iniciados e os juvenis, por norma, costumam atingir a 2.ª fase”, também não é menos verdade que “é a primeira vez, neste novo modelo, que os juniores vão disputar a fase de apuramento de campeão”.

“Houve uma época em que quase o conseguimos, no ano de Flávio, Sissoko, Grilo, em que ficámos em 3.º e iam duas equipas à fase final”, recorda o presidente, mas, “neste novo formato, é a primeira vez e vamos defrontar equipas fortíssimas, como Benfica, Sporting, Belenenses, FC Porto, Rio Ave, V. Guimarães ou Paços de Ferreira”.

Resultados desportivos ou garantia de formação de jovens valores: Qual o melhor modelo? Simões diz que “o ideal é aliar os dois, mas é mais difícil” e a Briosa “tem feito uma aposta mista”.

O presidente dos estudantes reconhece que “o mais difícil é a transição para sénior” e, por isso, há muito defende “um patamar de transição, que poderia ser um campeonato de reservas, destinado a jogadores até aos 22 ou 23 anos, por exemplo”.

Nos últimos anos, há alguns exemplos de sucesso na formação, mas o acompanhamento nem sempre é fácil. “No caso do Flávio [Ferreira], por exemplo, vimos nele bastante potencial e, logo no último ano de juniores, colocámo-lo a jogar no satélite Tourizense, para que pudesse evoluir”.

Este ano, entre os juniores, último patamar da formação, “há vários jogadores com contrato de formação e que até têm treinado com os seniores, para que a transição seja mais fácil”, mas não se pode garantir que todos lá cheguem. No entanto, “como dirigente e até como adepto, gostaria muito de ver alguns na equipa sénior do próximo ano, porque há miúdos extraordinários”, afirma José Eduardo Simões.

Os juniores espelham o sucesso da formação e não há um segredo para os bons resultados, mas vários: “Houve uma série de jogadores que formaram a base da equipa do ano passado, ainda no primeiro ano de juniores, e que, este ano, estão mais maduros”, começa por explicar. Para além disso, “transitaram também atletas juvenis de qualidade, que serão a base do próximo ano, certamente”. Um grupo complementado “com algumas aquisições, fruto da prospeção, que equilibraram a equipa”. Resultado? “Um grupo de trabalho muito bom, com garra, ambição e muito talento”, diz Simões.

A mudança da série Norte para a Sul “também poderá ter tido alguma influência”, já que “o nível do futebol que se pratica é muito melhor”. “Mesmo as equipas mais fracas discutem sempre o resultado e dá verdadeiramente prazer ver estes jogos”, acrescenta o responsável máximo da Briosa.

Mas, até chegar a este patamar, não é fácil acompanhar a evolução dos jovens. “Muitos fazem os escalões de formação desde os benjamins ou infantis, mas é um trabalho difícil”, diz o dirigente. “Cada criança e jovem tem diferentes ritmos de evolução e não se trata de uma máquina. Os nossos treinadores têm de ter muito cuidado porque cada um deles tem a sua especificidade”, diz.

José Eduardo Simões acredita que a Academia Briosa XXI já tem sido e será cada vez mais um fator de sustentabilidade da equipa. “Os relvados sintéticos estão em utilização desde 2007 e o edifício desde 2008. E ambos têm contribuído para a melhoria das condições de trabalho e de evolução das nossas equipas”, diz.

Fruto de imposições da Federação, a Academia está ainda a passar por um processo de certificação, “que vai ajudar a melhorar ainda mais”. Mas continuam a “faltar mais espaços relvados para as equipas evoluírem”, lamenta.

Ainda a época vai a meio e já se pode considerar um sucesso a formação da Briosa, mas “ainda aí vêm as fases finais e vamos ver o que pode acontecer”.

O dirigente deixou ainda os parabéns “ao Belenenses, que igualmente conseguiu pela primeira vez chegar à 2.ª fase com os três escalões”. “É bom ver que há mais equipas a trabalhar bem a formação e é preciso reconhecer o mérito”, finalizou o presidente.

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