A festa religiosa este ano estará associada a um “estado de tempo e de almas” muito sui generis.
Calor ameno e primaveril, graças às alterações climática, um Governo novo que inicia funções sob uma insipida recuperação económica e muitas promessas de que tudo irá melhorar.
Pese o facto de novamente estarmos confrontados com um banco cheio de problemas, professores do ensino artístico que não recebem salários há meses, greves crónicas dos transportes públicos em altura de maior procura e um Estado que continua a viver acima das receitas geradas pelos contribuintes, em défice.
Pessoalmente, este Natal será ligeiramente diferente. Tenho um convidado de um país laico, mas maioritariamente muçulmano, que irá passar o Natal no seio da nossa família laica, mas de matriz cristã.
Será talvez uma oportunidade para observar, pelos olhos de um “muçulmano” o nosso Natal, as prendas, luzes, as tradições gastronómicas e, eventualmente, a ida à Missa do Galo.
Agrada-me a tolerância da nossa civilização. Mesmo a missa cristã é um exemplo disso. A admissão ao culto é livre. Algo que não acontece em todos os países. Um feliz Natal a todos os leitores. Celebremos a vida e a tolerância.