Opinião – Educação sem fronteiras – 1

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Pedro Mota Curto

Pedro Mota Curto

Em Viena estiveram reunidos cerca de vinte professores e técnicos, oriundos de vários países. Durante seis dias, entre 11 e 16 de outubro de 2015, docentes italianos, turcos, austríacos e portugueses debateram o intricado tema da Educação.

Portugal esteve representado por professores das escolas Bernardino Machado e Infante D. Pedro, ambas integrantes do universo do Agrupamento de Escolas Figueira Mar (Figueira da Foz).

As sessões de trabalho tinham o seu início logo pela manhã, prolongando-se até ao final da tarde, com breve pausa para almoço. A presença de centenas de refugiados sírios na cidade assim como as baixas temperaturas e a chuva foram elementos constantes da nossa presença na capital austríaca.

Ao longo dos dias, em trabalho partilhado à volta de uma grande mesa, fomos constatando que os problemas, os anseios, os objetivos e os constrangimentos eram sensivelmente os mesmos, em todos os nossos países, desde o extremo mais ocidental da Europa até à ponta mais oriental do continente, incluindo também a Turquia asiática, passando por um país desenvolvido da europa central e por uma potência económica da Europa do sul, sendo que a sensibilidade italiana diverge bastante de uma Europa central mais pragmática e austera.

No entanto, no fundamental estávamos todos de acordo. Os desafios da Educação são os mesmos em toda a Europa, ou pelo menos, nestes quatro países, de uma ponta até à outra ponta do continente, independentemente da política, da cultura, da história ou da religião.

Em Itália, há um número crescente de alunos que não se aplicam convenientemente na escola, sem terem bem a noção de que estão a hipotecar o seu próprio futuro. Os professores têm dificuldades crescentes em motivar os alunos para a importância primordial da Educação. Concentração, motivação, esforço, trabalho, respeito, dedicação, são valores que se têm afastado da generalidade dos alunos italianos, com consequências imprevisíveis a médio prazo.

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