Opinião – Comentadeiras… para a Travessa do Fala Só

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Luís Santarino

Luís Santarino

O ano de 2016 vai abrir com uma eleição presidencial. Os candidatos aí estão. Cada um a esgrimir os argumentos que lhe “vão na alma”. Enquanto outros, as “comentadeiras” do sistema vão deixando pelo “caminho da palavra” um rasto de insensatez. Para vendilhões já temos a banca. Portugal não precisa de outros!
Espantoso é o descaramento de alguns ex-líderes a falar de casa alheia, como se pertencessem a uma casta intocável! Um deles, que deixou de ser comentador para ser Conselheiro de Estado, atreve-se a afrontar os militantes do PS com análises que nem ele sabe onde foi buscar. Diz o cidadão, o tal que “ensinava uma coisa na universidade e fazia o contrário no parlamento”, que os militantes socialistas não sabem o que hão-de fazer.
Olhe que sabem dr, olhe que sabem!
Os socialistas conseguem manter inalterada a sua formação ético-política, sem necessitarem de gente tipo “grandes líderes, “queridos líderes”, etc, muito em voga, ainda, na sociedade portuguesa.
O Professor Marcelo Rebelo de Sousa, o “comentador que Portugal” consagrou, é o verdadeiro artista. Depois de se dar a conhecer durante mais de 10 anos, a toda a hora nas televisões, e a ganhar boa massa para o fazer, tem a desfaçatez de dizer que será “obsceno” gastar muito dinheiro numa campanha eleitoral.
Pois é. Não fosse o analista do sistema, a dizer de forma diferente a mesma coisa durante semanas a fio, e eu queria ver quem é que o conhecia. O homem que dorme 4 horas! Ah leão…miau! Quem acredita nisso também acredita no Pai Natal! Eu acreditaria mais depressa no Pai Natal!
As candidaturas partem, todas elas fragilizadas, tendo e devendo proclamar bem alto que, se Marcelo perder, perde todo o sistema onde ele se ancorou durante anos. Foi o arauto da banca e seus sequazes. Na Presidência da nossa República seria o fartar vilanagem. E mais não digo!
Aliás, ontem e após a entrevista de Maria de Belém a um canal de televisão privado, os comentadores passaram mais tempo a elogiar Marcelo do que a analisar a entrevista da candidata. Foi uma vergonha. Nem o mais pérfido cidadão seria capaz de tal enormidade.
Não se pode tratar por igual aquilo que é diferente. É verdade. Mas também é verdade que, nestas eleições são todos iguais, por muito diferentes que sejam entre si, e que deve existir respeito por todos os que conseguiram convencer eleitores a aceitar e assinar a sua propositura.
Sei bem, aliás como os meus amigos e leitores, quem eu apoio. Mas tal não me inibe de afirmar que desejo ouvir, ler e perceber o que todos os outros desejam para Portugal, porque esse deverá ser o seu e nosso desígnio maior.
Mas não desejo, mesmo abomino, os comentadores de pacotilha que não conseguem despir a camisola. Essa gente é medíocre e devia ser banida das televisões. Ah, já me esquecia. Estão a fazer o jeito ao patrão. A “buchita” ao fim do mês e a “papinha dos índios” pesa mais do que a dignidade.
É mais ou menos como na nossa “bola”. Uns comem tudo e os outros procuram as migalhas!
E se um dia vos mandarem falar com o PRD que é na Travessa do Fala Só?
Era bem feito, não era?

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