Faleceu ontem à noite nos hospitais de Coimbra o homem de 74 anos que havia sido transferido de Faro, depois de alegadamente ter sido recusado no S. José, em Lisboa.

O falecimento ocorreu, de acordo com o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), entre as “zero horas e as 00H30, na Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Este caso tomou especial repercussão porque a vítima havia sido transportada de ambulância em coma, no dia 15 de dezembro, depois de, alegadamente, o hospital de São José, em Lisboa, ter recusado receber o doente de Faro para tratar um AVC isquémico, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) quando se encontrava na urgência do hospital de Faro.

Entretanto, Pedro Nunes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) anunciou que iria ser aberto ontem um inquérito para averiguar o caso, tendo garantido que foram tomados os procedimentos corretos à saída.

O utente necessitava de ser atendido pela neurorradiologia e, como em Faro não há esse serviço, o hospital avançou para a sua transferência para uma unidade de referência, como são os hospitais de Santa Maria e São José, em Lisboa. A verdade é que o doente teve que viajar mais 200 quilómetros até ao CHUC.

Aqui, o gabinete de comunicação garantiu que “o Serviço de Neurocirurgia funciona 24/24h,  sete dias/semana, 365 dias/ano”. De acordo com as informações prestadas pelo CHUC, “existe, desde 2004,  um programa de cirurgia precoce de aneurismas que garante a cirurgia precoce dos aneurismas nas primeiras 72 horas após rotura, sendo que a grande maioria é operada nas primeiras 24 horas”. De acordo com a informação prestada, “são quatro os neurocirurgiões que integram este programa, sendo que as equipas comportam ainda,  em cada cirurgia, um ajudante (especialista ou interno de especialidade), um anestesista (neuro-anestesista), três enfermeiros  e um auxiliar”.

Toda a informação na edição impressa de hoje, 29 de dezembro, do DIÁRIO AS BEIRAS