Opinião – António Costa é confiável

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Luís Santarino

Luís Santarino

É desejável que este período eleitoral devolva confiança aos cidadãos.

Eu quero que a campanha eleitoral me deixe saudades.

Cada um de nós tem opinião. A sua defesa é feita com maior ou menor convicção. Gosto que seja assim. Porque, mesmo com menor convicção, imaginamos que possa existir um fundo de verdade.

O Partido Socialista vai estar debaixo de fogo.

Na verdade, o Partido Socialista cometeu erros graves no passado. Teve o mérito de ganhar eleições, mas também o demérito de ser “igual aos outros”. Quando se esperava que fizesse a diferença.

Não se pode “vender a alma ao diabo” a troco de uns votos. Muito menos deixar de governar Portugal, portanto o comum dos cidadãos, para governar, ou para elites, ou para corporações.

O Partido Socialista não era assim. Modificou a sua postura porque alguns entenderam que os votos eram mais importantes do que uma declaração de princípios.

Não soube corrigir, a tempo e com tempo as incongruências de uma postura, ora de governo ora de oposição, recolocando-o no seu verdadeiro caminho.

À falta de melhor, porque o bom existia, o Partido Socialista passou a ser um chapéu de chuva bastante largo e comprido, onde albergava e alberga, todos, “os que tinham graça mas não são engraçados”.

Tudo servia para a conquista ou reconquista de uns votos, para dar uma vitória. Não importava para quê. Com que objetivo. Era preciso vencer!

Sabendo que em democracia todas as vitórias são efémeras, embarcou no discurso popularucho incapaz de antecipar as consequências. Sim. Porque, quem hoje diz que tem um projeto não fala verdade. Quando muito tem uma ideia. Porque os projetos são construídos por todos os indiferenciados.

O Partido Socialista está de facto numa encruzilhada. Tentar vencer eleições, trazer para a discussão os temas importantes da sociedade portuguesa e, ao mesmo tempo, não esquecer a sua matriz. Vai ser duro o trabalho… e difícil deixar de parte o folclore!

Sabemos que a generalidade dos candidatos a deputado são de inferior qualidade. Como em tudo na vida, existem boas e importantes exceções!

Vencendo este “estado de alma” que me acompanha há uns anos, vamos ao que interessa.

A “festarola” do Syriza acabou em mais austeridade. Lamento, mas aconteceu.

Só existem duas forças políticas que conseguirão formar governo. O resto é fantasia.

Os que gostam de política são bem mais numerosos dos que os que dela se aproveitam. Só que, com o abandono cada vez mais regular de homens e mulheres de bem, ficam os que não cumprem com a nobre função.

No meio da barafunda, deverão emergir somente António Costa e Pedro Passos Coelho. É um dever que lhes assiste em nome da confiança que os portugueses lhes dirigirão depois de 4 de Outubro.

Recomendo vivamente que não autorizem os “aguadeiros” a intervir. A televisão deverá ser utilizada para enunciar propostas. A promoção de segundas, terceiras e até outras figuras, não é saudável para a democracia.

É preciso não repetir o mau exemplo de Paulo Rangel!

António Costa é confiável.

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