O cinema moçambicano vai estar no centro do debate do 6.º Simpósio Internacional de Cinemas em Português, a decorrer em Coimbra nos dias 10 e 11 de março, terça e quarta-feira. Integrado na programação da XVII Semana Cultural da Universidade de Coimbra (UC), evento realiza-se na Sala do Carvão da Casa das Caldeiras, com a exibição de alguns filmes a decorrer no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).
Iniciativa do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20), através do Grupo de Investigação Correntes Artísticas e Movimentos Intelectuais (Linha de Investigação “O Cinema e o Tempo”), em colaboração com as universidades Estadual do Rio de Janeiro, Federal Fluminense (Brasil) e Eduardo Mondlane (Moçambique), esta edição do simpósio centra-se “exclusivamente no cinema moçambicano”.
Facto sublinhado por Jorge Seabra, professor na Faculdade de Letras da UC, investigador do CEIS20 e organizador do simpósio, que destaca ainda a particularidade de se tratar do “primeiro evento científico internacional” sobre o cinema daquele país africano de língua portuguesa.
Integrado na Semana Cultural, que também celebra os 725 anos da UC, sob o lema “Tempo de Encontro(s)”, que destaca os 40 anos de independência dos países africanos de língua portuguesa, o 6.º Simpósio Internacional de Cinemas em Português conta com a presença do embaixador da CPLP, Murade Isaac Miguigy Murargy, na cerimónia de abertura.
Ao DIÁRIO AS BEIRAS, Jorge Seabra sublinha as “duas componentes” do programa: a de investigação e de mostra fílmica.
Quanto à vertente da investigação, o simpósio conta com comunicações de especialistas oriundos de Moçambique, Brasil, Itália, Inglaterra e Portugal.
O programa integra ainda a exibição de filmes moçambicanos, seguida de conversas com os realizadores, alguns já com reconhecimento internacional – Licínio de Azevedo, João Ribeiro e Sol de Carvalho –, mas também jovens realizadores como Diana Manhiça.