O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, afirmou hoje em Coimbra que se está a assistir ao “funeral” da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC).
Mário Nogueira esteve hoje na Escola Martim de Freitas, em Coimbra, um dos locais onde se realiza a componente específica da prova, com “espírito de quem está no funeral” da PACC, acreditando que “esta será a última vez que ela se realiza”.
A prova “vai ser enterrada”, sendo esta uma “teimosia do ministro [da Educação] Nuno Crato”, disse, esperando que o atual Governo não continue após as legislativas.
A PACC, que considera “inútil”, não determina quem é “bom ou mau professor”, frisou o dirigente sindical, recordando que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra declarou a “prova como inconstitucional”, estando-se agora a aguardar decisão do próprio Tribunal Constitucional, após recurso do Ministério Público e do Ministério da Educação e Ciência (MEC).
Mário Nogueira questionou ainda a decisão do MEC de distribuir os professores que vão realizar as provas hoje em diferentes estabelecimentos escolares do mesmo concelho, considerando que tal medida foi para garantir que a PACC se concretizava, aumentando as possibilidades de haver docentes que não se recusaram a fazer a vigilância dos exames dos colegas.
Usando Coimbra como exemplo, o secretário-geral da Fenprof referiu que hoje de manhã estão três professores a realizar a prova na escola Martim de Freitas, um na secundária Avelar Brotero, outro na Eugénio de Castro e quatro na secundária Infanta Dona Maria.
O MEC “tem de explicar porque é que não concentrou tudo num estabelecimento. Isto é idiota”, protestou, pedindo informações sobre os custos financeiros da prova.