Vale a pena reflectir sobre os últimos dados disponibilizados pelo INE sobre pobreza, uma vez que são dados referentes ao ano pico da crise – 2013 -, quando o desemprego se aproximou dos 18%.
Desde então, já em Dezembro de 2014, o desemprego foi reduzido para 13,4% (níveis de 2011 ). São menos 234 mil pessoas expostas ao empobrecimento resultante do desemprego do que em Janeiro de 2013.
Ao analisar o ano de 2013, o INE não deixa de enaltecer a capacidade de resposta do Governo às dificuldades, nomeadamente ao facto de as transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social para a redução do risco de pobreza, terem aumentado 0,5% em relação a 2012 ( 7,3% face a 6,8%).
Por exemplo, foi determinada uma majoração de 10% do subsídio de desemprego para casais com filhos a cargo que tenham perdido, ambos, o seu posto de trabalho. Hoje, há menos 635 casais no desemprego que em 2013. O Governo criou o Programa de Emergência Social ( 983 milhões de euros no combate directo à pobreza e exclusão) e o Programa de Emergência Alimentar, com a expansão da Rede Solidária das Cantinas Sociais – passou das 62 existentes no anterior executivo (orçamento de cerca de 2 milhões) para as actuais 807 cantinas (orçamento de 50 milhões de euros).
Para reforçar os rendimentos dos portugueses mais desfavorecidos, o Governo aumentou o salário mínimo: mais 280 euros anuais para cerca de meio milhão de portugueses. O salário médio em Portugal é hoje 100 euros/ano mais elevado que em 2011.
A estas medidas soma-se mais de metade da população isenta do pagamento de taxas moderadoras (esta semana alargou-se a isenção aos menores de idade) e a redução significativa do preço dos medicamentos, bem como as isenções em sede de IRS – cerca de 2 milhões de contribuintes com rendimentos mais baixos ficarão isentos de sobretaxa e alterações introduzidas no IRS (sendo que 86,4% da totalidade do universo de pensões da segurança social ficou isento de IRS).E não nos podemos esquecer do aumento das pensões mínimas sociais e rurais (congeladas pelo Partido Socialista). Em três anos, houve um aumento de 6,2%, o que significa mais 221 euros anuais para um milhão e cem mil portugueses.
Só assim, com factos para reflectir, alguns mitos pré-concebidos podem ser destruídos.
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