A Associação Académica de Coimbra (AAC) quer que seja aumentado o teto dos orçamentos das famílias que tenham filhos a estudar no ensino superior, de forma a permitir a atribuição de bolsas de estudo.
Para isso é necessário fazer a revisão do regulamento de bolsas, de forma a que mais estudantes beneficiem dos limites da elegibilidade, para terem acesso à ação social, disse hoje o presidente da instituição.
Está prevista a criação de uma comissão, com representantes dos estudantes, universidades e institutos politécnicos, que faça alterações ao regulamento de atribuição de bolsas de estudo, sendo que o presidente da AAC, Bruno Matias, espera que esta “seja uma revisão a sério”. “O limiar tem de ser mais favorável, para que não exista uma zona cinzenta que impeça os estudantes de terem bolsa”, defendeu, sublinhando também a necessidade de criação de um suplemento para os custos com transportes para estudantes deslocados.
Quanto às demoras na atribuição de bolsas – “os estudantes “podem estar à espera dois, três e quatro meses para começarem a receber a bolsa de estudo” -, a AAC defende a criação de “uma bolsa à condição”.
O estudante, se cumprir os requisitos mínimos, “deve começar logo o ano letivo a receber uma bolsa. Caso depois acabe por não ter bolsa, terá de fazer a devolução dos valores”.
Atualmente, os estudantes esperam em média “50 dias” para receber a bolsa de estudo, o que pode “impossibilitá-los de estar na universidade”, apontou.
Na Assembleia Magna de ontem, quinta-feira, os estudantes aprovaram o regimento interno e o relatório anual e contas do ano de 2014. A Associação Académica registou um “saldo positivo de 247 mil euros”, com 1,63 milhões de euros em receitas e 1,43 milhões de euros em despesas.
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