A candidatura do Pinhal de Leiria a Património Mundial da Humanidade motivou a criação de uma comissão no âmbito do movimento cívico de apoio a esta mata nacional, disse hoje um dos promotores da iniciativa.
“Além da decisão de legalizar o movimento, que terá a designação de Liga dos Amigos do Pinhal de Leiria, há uma comissão para dar andamento à candidatura a Património da Humanidade da mata”, afirmou Gabriel Roldão, a propósito da reunião do movimento cívico de apoio à área florestal que juntou no sábado, em Leiria, várias entidades e especialistas.
Segundo Gabriel Roldão, “o objetivo primordial é criar a consciência nas pessoas para a necessidade de recuperar a mata”, também conhecida como Pinhal do Rei.
“Não temos pretensões mais nenhumas além desta. A eventual candidatura é uma questão marginal de que a liga não se vai ocupar, mas vai apoiar”, declarou, adiantando que será desafiado o Instituto Politécnico de Leiria a liderar esta iniciativa.
O sítio na internet do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) refere que a Mata Nacional de Leiria, propriedade do Estado, tem 11.062 hectares, ocupando dois terços do concelho da Marinha Grande, e tem como espécie principal o pinheiro-bravo.
A sua origem “remonta a datas anteriores ao reinado de D. Dinis, mas foi com este rei que foram feitas as grandes sementeiras com pinheiro-bravo”. A primeira arborização data do século XIII e o plano de ordenamento de 1892. Entre os problemas com que se confronta o Pinhal de Leiria, Gabriel Roldão aponta a ausência de “regeneração” e o abandono de algumas zonas.
A degradação das estradas florestais ou a falta de limpeza são outros aspetos que o promotor exemplificou.
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