Opinião – Lavagem política

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LUCILIO CARVALHEIRO

 

Anoto que a fórmula definidora de política é a de que nunca termos razões suficientes para acreditar que atingimos a forma correcta de governação, mas antes informação relativa a várias hipóteses em confronto e ao modo como nos comportamos perante diversos testes governativos comparativos. Hélas, uma política é boa ou má consoante os seus resultados.

Quero, assim, significar que tudo o que possa dizer deve ser considerado como uma emanação da essência política, da coisa real do Estado, e no que se refere a esta legislatura – Governo PSD/CDS – da personalidade real do Primeiro-Ministro, verbal e vazio.

É que existem provas de que pertencemos à União Europeia; que a crise financeira nasceu nos Estados Unidos; que, com este governo, ao invés do anterior Governo PS (liderado por José Sócrates) PEC IV, perdeu junto da UE toda e qualquer autonomia política; que, com este Governo PSD/CDS nenhum indicador relevante – dívida soberana, desemprego, economia – foi minimizado, sustido, enfrentado, pelo contrário, foram todos agravados.
Decerto. Já entramos no calendário de campanha eleitoral legislativa e, simultâneamente, presidencial.

Daqui decorre que o Presidente da República, tão ou mais responsável do descalabro social nacional, não se coíbe de frisar que foi ele o único responsável pela criação das condições para a crise política de 2011. A última mensagem de fim de ano o comprovou, mais uma vez.

Por outro lado, o Governo e seus seguidores, querem fazer crer que os indicadores relevantes da sociedade – dívida soberana, desemprego, economia – estão a melhorar, sendo que, perfidamente, alicerçam este discurso baseado na política da «terra queimada» que adoptaram logo que tomaram posse – não se atrevem, pasme-se, a fazer uma análise comparativa com o que herdaram – dívida soberana muito inferior, desemprego muito inferior, economia em crescendo -.

Perante tais factos, não espanta que se esforcem, Governo e Presidente da República, em querer que o putativo, próximo, Primeiro Ministro, António Costa diga ao que vem – que venha contar amendoins. Acontece que desde o ínício, António Costa recusa, e bem, entrar no jogo da baixa política; clama perante os portugueses que pensem ALTA POLÍTICA afirmando e reafirmando: a reabilitação social, económica, financeira, do País passa pela necessidade de recriar as condições de CREDIDILIDADE política de negociação permanente na UE; e isto, dado o estado de degradação completa a que chegamos com este Governo PSD/CDS junto da UE, não se consegue de um dia para o outro, pelo que necessário se torna uma AGENDA para a década. Será preciso ser mais claro, transparente, responsável? Não. A menos que se queira continuar na senda da incompetência, desta à chicana, dos truques e habilidades, em que, convenhamos, este Primeiro- Ministro acolitado por um Vice da mesma “escala” , fazem a dupla perfeita dos “vendilhões do Templo”.

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