Viseu teme que verbas do programa de inclusão não cheguem ao “país real”

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O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, defendeu hoje que as verbas do novo quadro comunitário destinadas à vertente da inclusão “devem chegar ao país real” e não servir de instrumento para subsidiar o Estado.

“Há um receio que tenho: que neste quadro comunitário o apoio à inclusão não chegue efetivamente às instituições e que possa vir a ser uma forma de estar a financiar o Estado e as suas diferentes estruturas, em vez de se estar a apoiar as estruturas que estão no terreno”, alegou.

Durante uma visita ao projeto de hipoterapia e musicoterapia para crianças e jovens portadores de deficiência da Associação Hípica e Psicomotora de Viseu, que decorreu ao final da manhã, o autarca de Viseu deixou o recado à administração central.

“É a primeira vez que no quadro comunitário de apoio vai existir um programa específico para a vertente da inclusão. Este programa, que é uma das principais novidades do Portugal 2020, não pode ser um instrumento para subsidiar o Estado”, realçou.

Na sua opinião, o programa de inclusão “tem de ser um instrumento para ajudar a funcionar as instituições em rede que estão na área da solidariedade social”.

“É para investir no país real, nas instituições e na melhoria das suas condições e funcionamento. Que não venha a ser um dinheiro para ajudar a cobrir as despesas do Estado Central, em instituições do Estado Central, e que não acabe por chegar aos cidadãos”, acrescentou.

Aos jornalistas, Almeida Henriques evidenciou que os fundos comunitários existem porque Portugal não tem o mesmo nível de desenvolvimento dos restantes países da União Europeia.

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