Hélder Rodrigues

1. O papel-chave das AAEC

As AAEC – Associações de Antigos Estudantes de Coimbra, espalhadas pelo País (Coimbra, Lisboa, Porto, Braga, Alto Mondego e Algarve) têm desempenhado, ao longo dos tempos, um papel aglutinador, de extrema importância entre os antigos estudantes de Coimbra, que por imperativos da vida e da profissão vão viver e trabalhar para essas Regiões mas pretendem manter vivos, dentro de si, Coimbra e a sua Universidade.

São “sentinelas” na defesa do espírito e dos valores que a cidade do Mondego lhes transmitiu e, dessa forma, transportam consigo marca diferenciadora que prestigia e dá rosto à Universidade que os formou!

Quando chega o Natal, muitas dessas AAECs organizam os tradicionais almoços-convívio, juntando à mesa antigos estudantes, familiares e amigos, em eventos de grande dimensão cultural e social.

2. A caminho das Taipas

No passado sábado participei, por gosto e por inerência de cargo, no almoço convívio organizado pela AAEC.Braga, desta vez realizado nas Taipas (Guimarães). Foi um dia notável!

Manhã cedo, saíram de Coimbra cerca de 20 antigos e prestigiados estudantes de Coimbra, entre os quais alguns bem conhecidos dos nossos leitores (Luís Filipe Menezes, Helena Freitas, Maló de Abreu, Norberto Canha, Raul Amado, Norberto Pires, foram alguns deles).

Foi fascinante ver aquela fila de carros, estrada fora, percorrendo quase 200kms, para comemorar o Natal em ambiente académico coimbrão!

Quando lá chegaram, a terras minhotas, de imediato se juntaram às largas dezenas de antigos estudantes que já lá estavam e os esperavam, de braços abertos, ávidos de saber notícias! Uns, velhos conhecidos dos bancos de Coimbra, outros que se viam pela primeira vez mas que o espírito de Coimbra logo ligava ao fim de breves minutos de conversa, como se conhecidos desde há muito! Afinal tinham tido os mesmos professores, os mesmos amigos comuns, andado pelas mesmas ruas, assistido aos mesmos jogos da Académica!

Caros leitores de “As Beiras”, aqui que ninguém nos ouve, pergunto baixinho: -Haverá alguma Universidade no Mundo, assim?

3. Natal de Coimbra em terras do Minho

Com lotação esgotada, ambiente alegre e ruidoso, chegou a hora do farto repasto de boa cozinha minhota. O cabrito assado estava de comer e chorar por mais, as garrafas de bom vinho verde e tinto abriam-se , como que por encanto, umas atrás das outras! Os doces natalícios vinham da cozinha, ainda quentinhos, acabados de fazer!

Seguiu-se um convívio que durou toda a tarde! Uma conferencia notável (pela presidente da AAECB, Maria Piedade Tavarela); “Os segredos do Parque Nacional da Peneda Geres”; O tema livre seguinte “Porque é Natal” estimulou espontâneos a dissertar, de forma singular.

Já era noite quando começou a Serenata pelo Grupo “Amigos de Coimbra” formado por antigos estudantes a viver em Barcelos. O bolo rei surgiu em grandes pratos, sob aplausos, o champanhe estalou nos “flutes”, formando bolhas. Boas Festas! Bom Natal! No ar soava, “Coimbra tem mais encanto”. Foi um dia de Natal memorável, em terras do Minho!

A “malta” despediu-se longamente, trocando emails e números de telemóvel! Mais alegre, rejuvenescida, confiante, mais aconchegada com os seus valores!
Os que regressaram a Coimbra ainda vieram a tempo de ver o Académica-Porto!