Opinião – Alegria do Natal na Baixa de Coimbra

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Hélder Rodrigues

Hélder Rodrigues

1. Viver o Natal com os meus concidadãos

Entrámos na quadra natalícia. Uma quadra, que nos transporta à infância e a todas as melhores qualidades do ser humano. Daí todo o seu enorme sortilégio!
Nascido no coração da Baixa, sei de experiência própria o que era a vibração, o movimento, a alegria e a comunhão entre as pessoas na baixa desses tempos. Tempos de Natal!

Foi por isso, com enorme satisfação, que tive conhecimento da extensa programação de actividades que vão acontecer na Baixa, durante este mês de Natal! No domingo passado fui até lá! Para viver com os meus concidadãos, a magia do Natal na Baixa de Coimbra!

2. Cantares natalícios a unir pessoas e regiões

Entrei na Igreja de Santa Cruz, repleta de gente! Ia começar o VII Encontro de Cantares Natalícios.

Actuaram três Grupos Folclóricos da Região Centro; Casa do Pessoal da UC, Pastores de S. Romão de Seia e Etnográfico de Alfarelos. Desfilaram em trajes típicos; tricanas, lavadeiras e leiteiras; pastores, lavradoras e queijeiras; empalhadores de garrafões e artífices de redes de pesca no rio.

Desfilaram instrumentos musicais variados; violinos, guitarras, violas, acordeões, pífaros, tambores e concertinas. Vozes múltiplas e das mais diversas em uníssono encantaram a multidão que aplaudiu de pé, entusiasmada, os cânticos que moram no coração de todos nós! Que magnífico concerto de Natal! A religião e a cultura a unir pessoas e Regiões naquilo que elas têm de melhor e de mais genuíno!

3. Tangos no Café Santa Cruz e o canal cheio de gente

Entrei seguidamente no Café Santa Cruz, mesmo ali ao lado, apinhado de gente! Em palco a Orquestra de Tangos dos Antigos Tunos da UC, que agora fazem 30 anos de uma carreira notável a prestigiar Coimbra e a sua Universidade. Augusto Mesquita ao piano, conduzia com mestria violinos contrabaixo e acordeão, transportando-nos à Argentina das pampas, das ruelas e dos “barrios” de Buenos Aires!

Os empregados, para trás e para diante, servindo chás, galões, torradas e pastéis regionais, numa azáfama doida, de enlouquecer!

Anoitecia na Praça 8 de Maio e a música lânguida e sensual do tango invadia o ancestral espaço-chave na vida da cidade. Palco de tantas paixões e amores desencontrados! Quando findo o espectáculo, saímos para a rua, o canal profusamente iluminado era um mar de gente alegre e feliz! E por momentos senti-me na Baixa dos seus melhores tempos!

4. Minha querida Estação Nova

De repente olhando o programa reparei, com enorme surpresa e satisfação, que à mesma hora actuava um Coro Infantil na Estação Nova! Depois de aqui ter escrito algumas crónicas de opinião sobre a necessidade de realizar actividades culturais (e turísticas) naquele espaço, eu nem queria acreditar! Que formidável prenda de Natal!

Impossibilitado de estar em dois locais diferentes ao mesmo tempo, desta vez não fui lá, à minha querida Estação Nova! Mas para a próxima vez não vou faltar, queridos leitores, e virei aqui contar aquilo que lá se tenha passado! Gostei de ir à Baixa! Vi uma Baixa com alegria a partilhar o espírito de Natal! Hoje, vou lá outra vez!

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