Greve na lavandaria do Hospital de Coimbra com 50% a 70% de adesão

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A greve dos trabalhadores da lavandaria do Hospital de Coimbra registou uma adesão de 70% na distribuição e cerca de 50% nos operadores de lavandaria, que exigem aumento de salários, disse hoje um sindicalista.

A greve convocada para hoje prende-se com a exigência dos trabalhadores de um “aumento dos salários” por parte da entidade empregadora, o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), exigindo também a reposição do valor de subsídio de alimentação que sofreu uma redução “há três anos”, afirmou Joaquim Correia, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro.

Até ao momento, a administração do SUCH “não mostra qualquer abertura para negociar ou dialogar”, disse à agência Lusa o sindicalista, durante a concentração que alguns trabalhadores fizeram hoje de manhã à frente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), onde trabalham 70 funcionários do SUCH.

A maior parte dos trabalhadores “têm o salário mínimo” e os restantes “têm os salários congelados há três ou quatro anos”, sublinhou, referindo ainda que o subsídio de alimentação, que se situava nos 5,46 euros diários, passou para 4,27 euros.

Esta ação de luta, que decorre hoje na região Centro, deve-se também à suspensão “do processo de negociação coletiva”, em que havia um compromisso do SUCH para “o salário mínimo, dentro da empresa, passar para os 514 euros”, salientou o presidente do sindicato na região, António Baião.

“As negociações estão suspensas por o SUCH estar à espera de uma resposta da Direção-Geral do Orçamento”, acrescentou.

O dirigente sindical avançou ainda que a adesão à greve em Viseu situa-se “em valores semelhantes” aos registados em Coimbra: 75% na distribuição e 55% nos operadores.

Em Leiria, Tocha e Fundão, a greve contou “com pouca adesão” dos trabalhadores, referiu António Baião, sem avançar com números concretos.

Em resposta à agência Lusa, o SUCH disse que em Coimbra, de 67 trabalhadores, apenas 19 fizeram greve (29,23%), e que no Hospital São Teotónio, em Viseu, a adesão foi de 29,72%, não tendo “nenhum dos distribuidores” feito greve nesse mesmo hospital.

Nas restantes unidades hospitalares da região Centro “não houve adesão à greve” e a prestação de serviços foi assegurada “dentro dos padrões de normalidade, quer em quantidade, quer em qualidade”, referiu o SUCH, num comunicado.

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