O Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) vai organizar em 2015 uma bienal de arte contemporânea, que pretende usar os espaços patrimoniais da cidade, anunciou hoje o diretor daquela organização, Carlos Antunes.
A bienal será “um grande evento de arte contemporânea”, que “tem a ver com a circunstância da Universidade, Alta e Rua da Sofia terem sido inscritas no Património Mundial da UNESCO [Património Mundial da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura]”, disse à agência Lusa Carlos Antunes.
“Cada um de nós tem um papel a cumprir em relação a essa inscrição”, caso contrário a “consagração pode ser um perigo”, sublinhou o diretor do CAPC, referindo que esta bienal pretende usar os espaços da zona classificada e outros espaços patrimoniais como um “palco contemporâneo”.
Já no decorrer deste mês, o Círculo de Artes Plásticas vai promover um “ciclo de sete exposições”, com “artistas emergentes e consagrados”, que irá estar espalhado por diferentes locais da cidade, como o Convento de Santa Clara ou o Círculo da Sereia, entre outros, referiu o diretor do CAPC, à margem de uma conferência de imprensa sobre os projetos e exposições que o Círculo vai realizar ainda este ano e em 2015.
João dos Santos, Pedro Vaz, João Queiroz e Nuno Sousa Vieira são alguns dos artistas que irão participar neste programa de sete exposições, em que a arte contemporânea “vai ao encontro das pessoas”.
O facto de algumas das exposições estarem presentes em lugares “que não são os convencionais da arte contemporânea” prende-se com “o esforço para chegar à cidade” e com a necessidade de conquistar novos públicos, aclarou.
Carlos Antunes salientou ainda o trabalho que está a ser feito para a reabertura do arquivo do CAPC, “que está próximo de fazer 60 anos e tem um arquivo de arte contemporânea único a nível nacional”.
O arquivo deverá reabrir ao público “dentro de dois meses”, informou.