Opinião – Irene Silveira – II

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Fernando Ramos

Fernando Ramos

Continuar a falar de Irene Silveira, depois do texto ontem publicado no nosso jornal Diário As Beiras, é, também, recordar alguém que teve o raro dom de marcar a vida de muita gente com as suas aulas, o seu exemplo, a sua contagiante energia, a sua combatividade, enfim a sua vontade intransigente de viver a vida…

Creio, pois, que, esteja ela onde estiver, estará certamente muito feliz.

Uma cerimónia em sua memória tinha que ser um louvor à vida.

Vida que academicamente se renova com a chegada dos novos estudantes à Universidade de Coimbra, uma lição inaugural de pós-graduação com um Mestre de Prestígio Internacional, o Senhor Professor Doutor Agustin Assuero, em plena Festa das Latas, com abertura pelo mais novo agente cultural da Faculdade, exatamente o FFUCoral e a despedida, sim porque Coimbra tem sempre “mais encanto na hora da despedida”, com a Phartuna, não poderia deixar de ser uma cerimónia de hino à vida…
T

ermino com Fernando Valle, de seu nome completo Fernando Baeta Cardoso do Valle.

Sim, o irmão de José Baeta Cardoso do Valle, ilustre Professor da Faculdade de Farmácia de Coimbra, que teve o rasgo de entusiasmar a então assistente Irene Silveira a seguir Bromatologia e a ir doutorar-se em Espanha.

Às vezes, escrever discursos tem destas coincidências. Estando mais perto cientificamente de José, conheci bem melhor o seu irmão Fernando, o único cidadão das minhas relações que viveu todo o século XX: nasceu em 1900 e faleceu em 2004. Num dos seus sempre clarividentes discursos, com a curiosidade de ter sido proferido aos 102 anos de idade, dizia, então, Fernando Valle:

“O Século XIX, foi o Século da Revolução Industrial,
O Século XX foi o Século da Democracia,
O Século XXI será o Século da Mulher”.

É, assim que, invocando uma mulher, termino este meu texto:

Irene Silveira

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