Opinião – Cirurgia moderna às cataratas promove maior qualidade de visão

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Joaquim Murta

Joaquim Murta

A catarata é a principal causa de cegueira evitável a nível mundial. Em Portugal, grande parte dos casos estão relacionados com a idade, sendo que a maioria dos doentes têm idade superior a 65 anos.

A cirurgia de catarata é a cirurgia mais frequentemente utilizada em todo o mundo. A facoemulsificação é, hoje em dia, o procedimento de eleição na maioria das situações, obtendo-se usualmente excelentes resultados visuais com uma boa segurança.

No entanto, a cirurgia de catarata possibilita, muitas vezes, e de forma simultânea à remoção da catarata, a correção de erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo ou mesmo presbiopia – “vista cansada”), eliminando na maioria das situações a utilização de óculos ou lentes de contacto, através da utilização de lentes intraoculares muito mais diferenciadas que anteriormente, chamadas lentes premium. Estas lentes exigem uma avaliação pré-operatória mais cuidada, necessitam de exames oftalmológicos específicos, de uma precisão e técnica cirúrgica muito mais apurada.

A utilização do laser de femtosegundo para a catarata está associada a uma maior segurança para os doentes, maior precisão, predictabilidade e melhores resultados fundamentalmente com a utilização das chamadas lentes premium (correção de astigmatismo, vista cansada, etc.) bem como a uma menor manipulação do globo ocular em cirurgias de catarata mais complicadas, evitando assim muitas complicações. Este é seguramente o futuro da cirurgia de catarata.

Em Portugal, esta tecnologia versátil e de ponta, o Femtofaco, a operar de forma consistente e regular numa única estrutura hospitalar em Coimbra, pretende dar a resposta mais moderna e mais segura a todos os doentes que a ela queiram recorrer.

A catarata é consequência de um processo natural de perda de transparência do cristalino – lente biconvexa existente no interior do globo ocular. À medida que a opacificacão progride gradualmente, a qualidade da visão das imagens que se focam na retina tende a deteriorar-se pelo que os doentes queixam-se de visão enevoada ou desfocada.

Este problema surge mais frequentemente ou muito cedo, consequência de problemas durante a gravidez (catarata congénita ou de desenvolvimento), que quase sempre exige um tratamento cirúrgico imediato, sob pena de comprometer o desenvolvimento normal da visão, ou desenvolve-se progressivamente consequência do envelhecimento natural do olho (a partir dos 40-50 anos). Existem doenças (exemplo diabetes), medicamentos (exº cortisona) ou situações oftalmológicas (exº alta miopia) em que a catarata se desenvolve mais cedo.

As pessoas com mais de 40 anos, deverão pois realizar um exame oftalmológico com intervalos de dois anos com o intuito de rastrear e tratar esta e outras patologias oculares (glaucoma, degenerescência macular relacionada com a idade, diabetes tipo II, etc) que se desenvolvem, muitas vezes, de forma silenciosa, passíveis de serem tratadas muito mais precocemente, evitando situações dramáticas.

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