Opinião – 5 de Outubro – 871 anos da fundação

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Pignatelli Queiroz

Pignatelli Queiroz

Estado português. Nasceu, legalmente, precisamente há 871 anos, o Estado português, confirmado, na época , por um regime (não forma de governo) monárquico, graças à intensa, abnegada valentia de D. Afonso Henriques, conde portucalense, primeiro Rei de Portugal, D. Afonso I, o conquistador. Antes disso, uma longa saga, contra sua mãe e um favorito nobre galego, a norte, a ocidente contra Leão, a sul contra a ofensiva dos sarracenos.

Entre outros pontos marcantes: 1139-depois da vitória na Batalha de Ourique, D. Afonso Henriques assume a categoria de rei, D. Afonso I; 1143, ano da fundação, 5 de Outubro, finalmente, D. Afonso I e seu primo Afonso VII, Imperador de Leão e Castela, assinaram, na presença do cardeal Guido de Vico, em Samora, o tratado que estabeleceu uma paz duradoura, reconhecendo o imperador o título de rei ao monarca português: segundo o direito da época D Afonso Henriques presta vassalagem ao papa Inocêncio II, colocando-se e ao seu reino sob a protecção de S. Pedro e da Santa Sé; finalmente, em 1179, Roma confirma a independência do Estado de Portugal.

Como nota de destaque para Coimbra, a construção, entre 1140 e 1180, da Sé Velha de Coimbra, depois a sua Catedral. Com os seus altos e baixos, a verdade é que foi a monarquia que criou e tornou grande o nome de Portugal. Este continuou, após o 5 de Outubro de 1910 com a República, em 3 modelos diferentes, com os seus igualmente altos e baixos, de 104 anos.

E por aqui me ficaria, caso organizadores de uma comemoração municipal não enaltecessem, numa obra a lançar, a acção dos maçons na Revolução Republicana, os quais “decisivamente contribuíram para fazer cair um regime socialmente injusto”. Pergunto: e as 3 Repúblicas foram, são, socialmente justas?

E porque não se faz a distinção entre as maçonarias de então, cujo papel de destaque cabe à franco-maçonaria – o Grande Oriente Lusitano estava em gestação – e à sua aliada, grupo terrorista, a carbonária, cujos elementos tinham como ponto de honra obrigatório o uso duas armas encapotadas e prontas a disparar e que espalharam o terror em Lisboa, principalmente e marcaram o começo do descalabro com o bárbaro regicídio?

Acrescento: o erguer de um monumento, a um dos regicidas, honra um outro município que o fez? E mais não digo. Respeito os republicanos que me respeitam e à Monarquia e bem bastam a crise e as querelas destrutivas que aquecem alguns sectores da sociedade portuguesa nestes tempos. Amigos republicanos, paz, justiça social não à violência, às guerras, às chacinas dos mais desprotegidos que lavram pela terra. Em conjunto e mesmo agitando a nossa Bandeira verde-rubra e todas as outras, gritemos, pelo menos uma vez e só: viva Portugal!

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