O Ciclo Internacional de Piano, que decorre no Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), a 13 e 14 de dezembro, vai assinalar a I Guerra Mundial apenas com composições feitas entre 1914 e 1918, o período do conflito.
No evento, que conta com 11 pianistas e uma violinista, poderão ser ouvidas obras dos franceses Claude Debussy e Maurice Ravel e do russo Sergei Rachmaninoff, havendo um destaque ao compositor português António Fragoso, cuja associação é responsável pela organização do ciclo, numa coprodução que envolve ainda o TAGV, a Liga dos Combatentes e a Academia Internacional de Música de Coimbra.
Eduardo Fragoso, presidente da Associação António Fragoso, salienta que a época em questão foi onde “se deu um salto”, registando-se “uma evolução na técnica e na criatividade”, em que os compositores abandonam o romantismo, assumindo ao mesmo tempo “uma harmonia fantástica”.
“António Fragoso, apesar de um compositor que teve uma vida muito curta [morreu em 1918, com 21 anos], deixou muitas marcas na música em Portugal”, sublinha Mickael de Oliveira, diretor adjunto do TAGV.
O ciclo vai também estar presente em Lisboa, nos mesmos dias, no Museu do Combatente.
A 04 de novembro, o TAGV recebe também o pianista italiano Ruben Micielli, que irá interpretar obras de Chopin, Liszt, Ravel assim como do português António Fragoso.
Ainda na música, o teatro de Coimbra acolhe no sábado o espanhol ligado à música de intervenção Patxi Andión, “que é aqui muito acarinhado”, e o músico Tiago Bettencourt, em dezembro.
No teatro, Mickael de Oliveira destaca a presença a 12 de novembro da peça “Demónios”, do sueco Lars Norén, que será representada pela companhia Ao Cabo Teatro, com encenação de Nuno Cardoso.
O TAGV acolhe ainda a 20.ª edição do festival Caminhos do Cinema Português, de 14 a 22 de novembro, continuando também a dinamizar as sessões de cinema de autor – Cinema à Segunda.